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A alma do país está de luto

Pedro Kemp | 25/04/2018 16:57

Há dias que a gente compreende que tudo que a vida nos deu valeu a pena. Até mesmo conhecer pessoas ou saber de pessoas que aparentemente julgamos não valer a pena. Senão vejamos: temos hoje um ex-presidente do meu partido que tanto contribuiu para reduzir as desigualdades sociais num país que figurou entre os que tinham dívida externa com o FMI (Fundo Monetário Internacional).

Antes dele, as faculdades não absorviam o filho da empregada doméstica ou do pedreiro. A maior parte da população não viajava de avião.

Depois dele, vieram as inovações tecnológicas, como um submarino em parceria com o governo francês. A Polícia Federal foi fortalecida. O país saiu do mapa da fome da ONU. Os cursos técnicos proliferaram e o país chegou a ter um crescimento de 9% comparado ao da China. Com ele à frente da nação, houve o fortalecimento dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia e China), estreitou relações com os países latino-americanos e africanos. Deixamos de ficar ajoelhados para os Estados Unidos.

A criação do Prouni (Programa Universidade para Todos), as cotas para negros e índios. Sem levar em conta que, quando deixou a presidência, o país tinha R$ 370 bilhões em caixa. Acertou muito, errou pouco e também não deixou de mostrar que numa “terra de doutor”, um torneiro mecânico podia e pode ser chamado pela maior potência mundial de “O Cara”.

Devemos muito a ele e a todos que acreditaram nele, ao povo, que conquistou mais dignidade, mais água, mais luz, mais comida na mesa, mais moradia, mais saúde. O Brasil teve condições objetivas e com ele fez melhorar as políticas públicas.

Hoje, vemos organismos e figuras da vida internacional o apoiarem porque sabem a dimensão da importância dessa liderança política para o Brasil e para o mundo, pelo seu legado no combate às desigualdades sociais, conforme a Constituição brasileira assim o determina. E com ele veio a projeção internacional por estabelecer relações com base no respeito à soberania das nações. Sem falar das suas palestras mundo afora, por conta das políticas sociais exitosas.

Não se brinca com uma vida tão valiosa, tampouco não deveriam brincar com o desejo de milhões de brasileiros que nele confiariam seu voto. A alma desse país está de luto, mas somos de luta porque não se entrega o jogo nem no final do segundo tempo.

A alma de grande parte da população brasileira roga por sua liberdade. A alma dessa gente e o povo que fez e faz dessa nação um país com tantas diferenças, tão plural e, ao mesmo tempo, tão singular. Brasil do meu rio São Francisco, meu rio Paraguai, meu rio Amazonas, meu Paraná. Brasil de São João; Bumba Meu Boi; Negrinho do Pastoreio; frevo; samba; catira; música caipira; Guimarães Rosa; Villa-Lobos; Portinari; Anita Malfatti; Marçal de Souza; Paulo Freire, Dom Hélder Câmara.

A todos na nossa história, só ressuscitando Ruy Barbosa para convencer a quem de direito que Direito combina com Humano. Nós, o povo. Vale a pena lutar pela liberdade do nosso sempre presidente Lula!!!

Pedro Kemp é filósofo, professor, psicólogo, escritor e deputado estadual do PT

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