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Cinto de Segurança – Seu amigo do Peito

Por Rosildo Barcellos (*) | 26/10/2013 09:19

Já me fiz a guerra por não saber

Que esta terra encerra meu bem querer

E jamais termina meu caminhar

Só o amor ensina onde vou chegar

Por onde for quero ser seu par

O trecho citado é da belíssima canção “Andança” de Danilo Caymmi, Edmundo Souto e Paulinho Tapajós; e me fez lembrar do cinto de segurança. E nunca é demais falar sobre dispositivos de segurança, posto que, o cinto de segurança, airbag e a “cadeirinha infantil”, se bem utilizados, diminuem efetivamente, o número de vítimas fatais e minimizam ferimentos e sequelas em caso de acidente.

O cinto de Segurança é um dispositivo tão simples quanto importante, haja vista, ele impede, em casos de colisão, que seu corpo se choque contra o volante, painel, para-brisas, ou que seja projetado para fora do carro, diminuindo a possibilidade de lesão e conservando sua consciência.

Alguns motoristas pensam que podem amortecer o choque segurando firmemente no volante. Isto é ilusório, porque a força dos braços só é eficaz a uma velocidade de até 10 km/h. Historicamente, até a década de 50 os cintos não eram oferecidos, originalmente, pelas montadoras: eram caseiros e improvisados com cordas e outros materiais afins, presos por dois pontos no banco do motorista.

O primeiro automóvel a vir com cinto de segurança original de fábrica foi o modelo Amazon, da Volvo em 1959. Lembrando da Física e das leis de Newton, é cediço que em caso de colisão, tombamento ou capotamento, primeiro o veículo bate em um obstáculo, e, em seguida, os passageiros são projetados em função de seu movimento contra o painel, o para-brisas, ou uns contra os outros. O cinto restringe esta segunda colisão, segurando e mantendo motorista e passageiros no banco. O acidente gera uma carga que é uniformemente distribuída ao longo de toda a área de contato do cinto sobre o corpo humano. O próprio cinto absorve parte do impacto.

É importante sentar-se corretamente no banco e com a coluna ajustada. O cinto abdominal deve ser colocado na região dos quadris. O cinto diagonal deve passar pelo ombro e não deve estar torcido nem com folgas. Um dos principais argumentos das pessoas que preferem discursar e correr riscos a adquirir o hábito de usar o cinto de segurança é o de que "cintos podem machucar e provocar lesões".

Na realidade, a análise dos raros casos em que o cinto de segurança ocasionou algum tipo de trauma (o jogador Denner em 1994 e mais recentemente do garoto João Hélio) concluiu que, na imensa maioria das vezes: o choque fora tão violento que os danos seriam maiores sem o cinto de segurança ou houve uso inadequado do cinto,ou ainda foi consequência de um crime bárbaro em andamento.O fato curioso é que na enquete que está no ar do nosso campograndenews infere que 61% não utiliza o cinto de segurança quando está como passageiro no banco de trás.

Devo lembrar que qualquer impacto provoca desaceleração brusca e tudo que estiver solto dentro do veículo continuará com a velocidade anterior, sendo projetado, indo chocar-se contra o que estiver na sua frente. O local mais seguro dentro de um veículo é o centro do banco traseiro. O cinto é tanto mais seguro quanto em mais pontos se fixar.

Crianças inquietas, que se recusam a ficar sentadas e atreladas ao banco, que insistem em viajar de pé, expondo-se a perigos e atrapalhando o condutor (distraindo-o e obstruindo o retrovisor interno) devem ser educadas sobre os riscos destas atitudes. Manuseio de objetos pontiagudos devem ser evitados para impedir engasgamentos ou perfurações. O embarque e desembarque da criança devem ser feitos sempre pelo lado da calçada.

E lembre-se:sem cinto, uma pessoa de 70 kg no banco traseiro, em uma colisão frontal a 50 km/h, ao ser arremessada para a frente exerce força equivalente a 40 vezes seu peso, ou seja, cerca de 3 toneladas. E por fim lembrar do refrão da música...viajar utilizando o cinto, inclusive no banco traseiro, e por onde for fazê-lo seu par.

(*) Rosildo Barcellos, articulista do campograndenews

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