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E se te contarem que você nunca perdeu nada?

Por Patrícia Cândido (*) | 11/04/2019 14:34

Nós construímos um conceito muito errado sobre perda, só podemos perder aquilo que é real ou nos pertence, nem o seu corpo é seu. Portanto, ainda assim se você morrer, você não perdeu nada. Louco isso? Estão achando que piramos? Não, nada disso.

Temos visão de eternidade e é isso que queremos propor para você. Comece a enxergar a sua vida, do ponto de vista da eternidade. Considerar que a sua vida não começou na barriga da sua mãe e muito menos vai acabar quando você morre. Porque a única coisa que é real é o nosso espírito.

A única coisa que lhe pertence de verdade é a alma. E você perdeu a sua alma? Não, ela está dentro do seu corpo e todo o resto é irreal, todo o resto não existe, todo o resto vai perecer.

Esses fundamentos vêm normalmente do Oriente e das primeiras linhas budistas. Dizer que o mundo que a gente vive, a Terra em que a gente está é uma grande ilusão, porque tudo que está aqui, até o nosso planeta, um dia vai perecer, vai acabar. Nosso corpo físico é perecível. Tudo que está à nossa volta é perecível, e a única coisa que é real, é aquilo que é invisível.

São sentimentos sublimes como o amor, as nossas lembranças, a nossa memória, o afeto que a gente tem, o carinho que a gente tem. Então se você amou muito uma pessoa com toda a sua plenitude, se você viveu momentos intensos com ela e se desfrutou do prazer de estar naquela companhia, mesmo que tenha sido um grande amor e que essa pessoa tenha partido desse mundo, você não perdeu, você ganhou, porque você estava com ela, então é só uma questão de ponto de vista, é uma questão de olhar.

Ganhar experiência

Tudo isso é de se refletir e a gente só tem medo de dor e perda, a gente tem medo de perder um relacionamento, a gente tem medo de perder um emprego, a gente tem medo de perder uma casa, um carro, porque a gente tem uma visão muito curta da nossa existência.

A gente foca na vida presente, porque, claro, é o momento temos para aprender e desenvolver. Mas se você for pensar em termos de eternidade, você nunca perdeu nada, apenas ganhou, porque o que fica da nossa vida são as experiências, são os aprendizados, são os sorrisos, são as coisas boas que a gente aprende em cada momento.

Mesmo as não tão boas, mesmo as dificuldades são as nossas maiores professoras, sempre agradeço nas minhas orações pelas dificuldades pois foram elas as maiores professoras.

Luto – uma dor na alma

Não temos as coisas para nós, você não é dono do seu filho, se o seu filho tem 1 ano, tem 5 anos de idade, ou tem 50 não é seu, não lhe pertence. Você foi escolhido para ser o pai ou escolhida para ser a mãe, para ajudar esse espírito a crescer e a se desenvolver aqui na Terra, mas essa alma não lhe pertence, não é sua, embora tenha passado por dentro de você, como mãe.

E se acontecer uma perda de um ente tão querido como um filho, um pai, uma mãe, tenta focar naquele período incrível que vocês estiveram juntos, nas coisas que viveram juntos e no que vocês puderam aproveitar.

A dor da perda é um buraco na alma da gente, é uma coisa que por muitos anos é irreparável e dói demais, mas a gente precisa focar na alegria que foi ter aquela pessoa perto da gente. Isso funciona para tudo.

Qualquer coisa que a gente tem na vida da gente, não nos pertence, o que pertence a você é a sua alma e você precisa caprichar muito, muito na reforma dessa alma, no crescimento dessa alma, na evolução dessa alma, porque é, sem dúvida, a coisa que mais importa nesse mundo.

As dores, dores de peso, de carência, vão acontecer na nossa vida o tempo inteiro, para superarmos isso, evoluir e crescer com cada uma delas.

(*) Patrícia Cândido é escritora best-seller, professora e pesquisadora na área da espiritualidade há mais de 15 anos.

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