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Ilusão: “Zé fini”

Ruy Sant’Anna | 13/04/2013 08:30

A presidente Dilma está a bordo de uma nau surrealista, com o povo próximo, mas sempre do lado de fora. Nunca há um abraço sincero, um olho no olho. Sempre ela está ligada, à distância do discurso com frases márcidas (frouxas nas realidades e no amor). Quantos deslizamentos de encostas de morros com mortes de crianças, idosos, homens e mulheres, prejuízos totais de bens familiares que levaram vidas inteiras pra serem juntados e de repente some tudo... E o governo de Dilma era conhecedor das tragédias que foram anunciadas, bem antes de acontecerem e se repetirem... Depois não adianta discurso, mensagem palaciana de algum assessor. Nada diminui a dor da perda de vidas ou de patrimônios, por menores que sejam: sonhos foram e são enterrados, na certeza de que nos próximos noticiários tudo estará “esquecido� �. Até anúncios de “liberação de verba” pode acontecer, mas como diz o ditado: parece o do galo, todo mundo sabe que tem, mas ninguém viu.

A presidente Dilma aposta na fraca memória do povo e confia em seus discursos enganosos e preparados por marqueteiros que desconhecem o chão de terra a não ser os pisos de mármores palacianos do Planalto. E Dilma esta a bordo dessa nau surrealista.

Ela está tão fora da realidade que não sabe ou não admite que as famílias hoje não sejam como no tempo de nossos pais e avós, quando era comum família com oito filhos, até bem mais. Hoje as famílias têm em média, menos de dois filhos por casal.

Infelizmente, o homem é o que roe a corda para sair do casamento ou união estável quando o sapato da fome ou o calo da doença aparece na sua família: abandona todos e some. E isso, mesmo demonstrando uma fraqueza de caráter, tem como pano de fundo a miséria, a perda da autoestima. Isso também ocorre com alguns filhos que saem para ganhar o mundo e perdem a família.

Então o que acontece? A tão sonhada independência da mulher não pode ser abraçada por todas. Pelo menos as que estão no bolsa qualquer coisa, têm medo de arrumar um emprego, sem muita ou nenhuma qualificação melhorada, e logo em seguida ficarem desprotegidas porque o governo federal não se ocupa com elas definitivamente, nem com seus filhos ou homem. Por isso vão prolongando o tempo no bolsa governamental; o que para o governo é bom, pois garante seus votos nos bolsões de pobreza, estes sim, verdadeiros.

Praticamente dobrou o número de divorciados, enquanto diminuiu muito a quantidade de casamentos civis e religiosos.

No Sudeste do Brasil a taxa de fecundidade caiu 21%, no Sul, beira 22%, no Norte, 23%, e no Nordeste, onde o governo federal extrai maciça votação eleitoral, está com a maior queda de fecundidade: 25%.

--------Qual a família com quatro membros, entre pai, mãe e dois filhos consegue fazer a compra para um mês de subsistência com o total de R$ 280? Já que cada um dos quatro recebe R$ 70 por mês? Carne? Nem pensar... Feijão na hora da morte; arroz caro; ovo, pra que, se vai quebrar...; pão engorda e faz mal pra saúde; bolo dá cárie e também engorda; papel higiênico folha dupla impossível. Esse pessoal do governo vive na ilha da fantasia: finge não saber que as pessoas precisam tomar banho com sabonete, escovar os dentes com creme dental (fio dental pro governo é artigo de luxo e pobre não precisa), trocar de escova de três em três meses em média, é besteira né dona Dilma? E o gás, a água, a luz, o ônibus, o corte de cabelo, sabão para lavar roupa, material de limpeza da casa, das louças. Diversão é assistir televisão, enquanto tem luz; cinema é coisa de satanás... E por aí finge que vai, mas não vai...

O povo vive na ilusão e no medo de perder o “benefício” da bolsa qualquer coisa que diminui a autoestima do brasileiro que não tem estímulo do governo para sair desse mentiroso conforto e se sente obrigado a elogiá-lo, sempre por causa do medo de lhe cortarem o bolsa qualquer coisa. Por que dona Dilma não se sujeita a viver com R$ 70? E não precisa muito tempo, só um mês.

Não pode levar filé, picanha, contrafilé, água mineral Perrier, nenhum suplemento alimentar e, ah, quando tiver algum perrengue na saúde tem que ir para a fila do SUS com carteirinha de simples mortal, viu, e também tem de procurar remédio na farmácia do mesmo SUS.

Carro preto/chapa branca PR, nem pensar: tem que usar o busão nos horários de picos, ali com o povão! Caso dona Dilma ou qualquer acólito palaciano como o chefe da Casa Civil sujeite-se a esse pequeno teste de um mês, aí estará provado que a roda do governo é redonda, ou caso ninguém suporte, se quer, tal ideia a roda do Palácio Alvorada, definitivamente, é quadrada. E “Zé fini”. Mas, eu sou um incorrigível amante da recuperação do que possa estar errado ou provocando males, por isso dou lhe dou bom dia, o meu bom dia pra você cara e caro irmão brasileiro, rezando para que futuramente e não muito distante tenha recuperada sua autoestima, e alegria de viver na crença de reais e melhores dias.

(*) Ruy Sant’Anna, jornalista e advogado

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