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Lembrete aos homens de bem

Por Paulo Eduardo de Barros Fonseca (*) | 29/05/2018 06:54

No sentido moral e, portanto, evangélico, resumidamente, o homem de bem respeita nos seus semelhantes todos os direitos que lhe são assegurados pelas leis da natureza, como desejaria que os seus fossem respeitados.

É assim que o homem de bem não menospreza suas obrigações em todos os aspectos da vida, pois tem consciência de que deve contribuir ativamente na construção de uma sociedade que respeite os princípios da igualdade, liberdade e fraternidade.

A necessidade dessa consciência ganha relevância nos momento de maiores dificuldades, oportunidade em que o homem de bem não deve e não pode se esconder atrás do silêncio.

A responsabilidade do homem de bem cresce em tempos de inquietação e expectativa quando muitos buscam um caminho a seguir, pois seu exemplo será decisivo para influenciar outras pessoas.

Em antiga crônica já destacamos que o “Brasil, a pátria do Evangelho, vive dias de grande inquietação e expectativa. Inquietação porque a nação, em todos seus segmentos, demonstra preocupação com os rumores de crise moral, ética e social. Com tristeza, a sociedade constata que quem deveria dar exemplo de postura e conduta se perde no emaranhado de explicações que na realidade não justificam atos e atitudes adotadas em prol de si mesmo ou de pequenos grupos. A população, preocupada com os destinos da nação, percebe que dois caminhos se atravessam como numa verdadeira encruzilhada. Enquanto um conceito de arquétipo parece que vivenciamos a lenda de Fausto quando justificativas fincadas na ética e na lei procuram explicar posturas antiéticas e ilegais. Para alguns, o certo e o errado parecem se confundir. No exercício pleno da democracia, e em qualquer situação, todos devem respeitar a ordem social e os direitos que a lei da natureza dá aos semelhantes como gostaria que os seus fossem respeitados.

A expectativa, por sua vez, decorre da constatação de que esta é a hora de se fazer prevalecer a ordem, enquanto pressuposto da reorganização e do progresso da sociedade. Como é tempo de renovação espiritual global, esta é uma grande oportunidade para que os homens de bem se posicionem, notadamente porque não é factível que qualquer pessoa troque frações de sua alma pela realização de pequenos desejos materiais.

Nessas circunstâncias, apesar de toda inquietação e expectativa, o momento sugere serenidade, otimismo, valorização da conduta íntegra e respeito ao bem coletivo. Será com base nos princípios da dignidade, honestidade, labor e ordem, bem como com o amparo da espiritualidade, que com fé, esperança e caridade, pacificaremos nossos corações e demonstremos amor pelo Brasil.

Está nas mãos do povo brasileiro a grande responsabilidade de manter acesa a chama da lei universal do amor, que distingue o Brasil das demais nações do mundo.

Esse é o compromisso que cada pessoa que habita o Brasil, a pátria do Evangelho, deve assumir consigo mesmo, sobretudo se, por meio dos atos e atitudes individuais e coletivas, queremos ser reconhecidos como artífices da construção de uma sociedade mais justa e perfeita.

Como a nossa sociedade precisa do exemplo que os homens de bem podem e devem dar, omitir-se neste momento, em que a cidadania deve ser exercida com plenitude e responsabilidade, é o mesmo que abdicar de suas obrigações morais e do papel de construtor social.

Que os homens de bem se lembrem disso!

(*) Paulo Eduardo de Barros Fonseca é vice-presidente do Conselho Curador da Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho, mantenedora da Faculdade de de Ciências Médicas da Santa Casa, Procurador estadual aposentado (Unesp) e titular do escritório: Sheldon Barros Fonseca - Advogados.

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