Com IA, Tribunal de Contas vai selecionar mais rápido quais casos investigar
Ferramenta analisa dados enviados e indica onde há maior chance de erro, gasto suspeito ou inconsistência
O TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul) decidiu dar um passo na modernização da fiscalização pública. A resolução publicada nesta segunda-feira (1º) no Diário Oficial cria um sistema que usa inteligência artificial para ajudar a escolher quais documentos enviados pelos órgãos públicos precisam virar processo de investigação.
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Na prática, esse “autuador de remessas” funciona como um filtro inteligente. Ele lê os dados encaminhados ao Tribunal, cruza informações e sinaliza onde há maior chance de erro, gasto suspeito, risco para o dinheiro público ou qualquer inconsistência que exija atenção imediata.
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O próprio Tribunal explica o motivo dessa mudança. Segundo o texto, o sistema integra um esforço de modernização e tem como objetivo o “aprimoramento do atendimento aos jurisdicionados e da fiscalização da aplicação dos recursos públicos”. A ideia é gastar menos tempo com casos de baixo risco e atuar mais rápido onde há sinais de problemas.
Para fazer isso, o Tribunal criou uma matriz de análise. É uma lista de critérios que a inteligência artificial usa para identificar situações suspeitas, como divergências em dados contábeis, gastos fora do padrão, possível dano ao erário ou sinais de fraude. Esses critérios, chamados de tipologias, serão atualizados com frequência para acompanhar mudanças nas políticas de fiscalização e nos sistemas usados pelos órgãos públicos.
Quando um documento chega ao TCE, a ferramenta verifica se ele deve virar processo. Em alguns casos, isso acontece automaticamente. Em outros, a decisão ocorre no início de cada mês, conforme a capacidade das equipes de fiscalização.
O Tribunal também estabeleceu regras de sigilo. Servidores com acesso ao sistema precisam assinar termo de responsabilidade, e é proibido compartilhar dados protegidos. A preocupação é evitar que informações sensíveis acabem expostas ou usadas indevidamente.
A área de tecnologia do Tribunal deverá adaptar os sistemas para que o novo modelo funcione plenamente. Já o Departamento de Informações Estratégicas ficará responsável por atualizar os critérios que alimentam a inteligência artificial.
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