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Doenças respiratórias no inverno seco vão além de vírus e bactérias

Gripe, pneumonia e Covid-19 são infecções agudas; já asma, rinite e bronquite são crônicas

Por Lucia Morel e Kamila Alcântara | 27/08/2025 16:10
Doenças respiratórias no inverno seco vão além de vírus e bactérias
Idosos sendo vacinados em sala de vacina de posto de saúde de Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

O inverno seco de Mato Grosso do Sul está diretamente ligado ao aumento de problemas respiratórios. Mas nem sempre esses casos têm origem em vírus ou bactérias. Muitas vezes, o agravamento ocorre por condições crônicas ou alergias. Pessoas com asma, por exemplo, sofrem mais nesse período não por terem contraído gripe ou resfriado, mas porque a doença de base piora diante da poeira, queimadas e variações de temperatura.

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O inverno seco em Mato Grosso do Sul tem provocado aumento nos problemas respiratórios, nem sempre causados por vírus ou bactérias. Segundo especialistas, muitos casos são agravamentos de condições crônicas ou alergias, como asma, que se intensificam devido à poeira, queimadas e variações de temperatura. Em 2025, o estado já registrou 7.611 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, com 643 óbitos. Médicos recomendam manter medicações de controle, vacinação em dia e buscar atendimento emergencial quando houver sintomas graves como falta de ar, febre persistente e dificuldade de hidratação.

O pediatra e alergista José Pereira de Vasconcelos Júnior explica que a confusão mais comum está na sobreposição de sintomas. As doenças infecciosas agudas, como gripe, pneumonia e covid-19, apresentam febre, mal-estar, dor no corpo e coriza, além de, em muitos casos, evoluírem para desconforto respiratório e chiado no peito.

Já os quadros crônicos, como asma, rinite, bronquite e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), são inflamatórios e podem sofrer crises desencadeadas tanto por infecções quanto por fatores ambientais.

“A diferença é que os quadros infecciosos agudos geralmente trazem sintomas como coriza, febre e astenia (fraqueza geral), além de estarem associados ao contato prévio com pessoas infectadas”, explica o médico. Segundo ele, muitos pacientes com doenças crônicas convivem com os sintomas no dia a dia, mas procuram atendimento apenas quando ocorre agravamento, o que pode levar a diagnósticos equivocados.

Dados da SES (Secretaria de Estado de Saúde) mostram que, em 2025, Mato Grosso do Sul já registrou 7.611 casos de Srag (Síndrome Respiratória Aguda Grave), com 643 mortes. A maioria foi causada por vírus como sincicial respiratório, rinovírus, Influenza A (H1N1 e não subtipado), adenovírus e covid-19.

Doenças respiratórias no inverno seco vão além de vírus e bactérias

Prevenção - Para pacientes diagnosticados com doenças crônicas, o acompanhamento adequado é determinante. “As principais medidas são manter as medicações de controle associadas à vacinação”, orienta Vasconcelos Júnior. Ele ressalta que tanto crianças quanto idosos e pessoas imunossuprimidas devem evitar contato com indivíduos infectados.

A recomendação é procurar atendimento de emergência diante de sintomas que comprometem a qualidade de vida, como falta de ar, febre persistente, dificuldade para se hidratar e piora significativa do estado geral. Já a busca por especialista é indicada quando houver sinais de cronicidade, como tosse persistente por meses, chiado recorrente no peito ou crises desencadeadas por esforço físico ou à noite.

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