Em ano de pandemia, MS tem a 3º maior taxa de ausências do Enem
Comparando total de inscritos com o dos que compareceram no Exame, Mato Grosso do Sul só foi melhor que Rondônia e Roraima
Determinante para o ingresso no Ensino Superior, o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) contou com taxa recorde de ausência em todo o País. Mato Grosso do Sul não tem situação diferente, mas preocupa ainda mais - o Estado teve o 3º pior desempenho nesse quesito entre todas as unidades da federação, com 61% de faltas no segundo domingo.
No primeiro dia de provas, que avaliaram ciências humanas, linguagens e códigos e redação, dos 82.638 inscritos de Mato Grosso do Sul, 35.328 compareceram, enquanto os outros 47.310 se ausentaram. Ou seja, pouco mais da metade (57,2%) de quem se inscreveu não realizou o exame.
Já no segundo domingo, que mediu capacidade dos alunos em ciências da natureza e matemática, foram 50.424 ausências - taxa de 61%.
Confira tabela com todas as unidades da federação, segundo dados do Inep (Instituto Nacional de Ensino e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), por meio do link.
Roraima foi o estado com maior índice de ausência, já que 63,5% não compareceram no segundo domingo de prova. Seguido dele, outro estado do norte: Rondônia (63,1%). É importante ressaltar que devido a crise sanitária no Amazonas, o maior estado do País decidiu adiar a realização das provas.
O estado vizinho Mato Grosso foi levemente melhor que Mato Grosso do Sul, com 60,1% de ausência, seguido do Tocantins (58,7%).
Os sete melhores desempenhos foram de estados do nordeste do Brasil: Pernambuco, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe, Alagoas e Paraíba - esse com maior quantidade de pessoas comparecendo na prova (52,7%).
Ausência recorde - No Brasil, 55,3% dos inscritos não compareceram ao segundo dia de provas, que aconteceu ontem (24). A taxa é a maior desde 2009, quando o Enem começou a servir de entrada para universidades públicas por meio do Sisu (Sistema de Seleção Unificada), e contou com aumento expressivo da quantidade de participantes.
Criado em 1998, o Exame tinha caráter não obrigatório e servia como forma de mensurar a qualidade do Ensino Médio brasileiro. A partir de 2004, passou a servir como requisito para o ProUni (Programa Universidade para Todos).