Estado supera 1.000 mortes por covid, mas ocupação de UTIs cai
Amanhã os dados estaduais devem crescer consideravelmente, porque nova metodologia de contagem será adotada
Setembro marca um número trágico da pandemia em Mato Grosso do Sul. O Estado ultrapassa nesta quarta-feira (9) as mil mortes por covid-19. São 1.007 vítimas fatais da doença que atualmente mata 1 pessoa a cada 55 infectados.
Nestes 6 meses de monitoramento, os registros mostram que o paciente mais jovem tinha 24 anos e morreu em 24 de agosto, em Aparecida do Taboado. O mais surpreendente é que o rapaz não relatou qualquer comorbidade que agravasse o quadro da doença.
Um dia antes, em 23 de agosto, a vítima mais velha foi levada pela covid em Campo Grande. Uma senhora de 109 anos morreu na Vila Margarida.
Nesta quarta, são mais 20 óbitos no Estado, depois de dias de índices diários bem menores. Só a Capital registou 15 mortes, número bem alto na cidade que já soma 420 sepultamentos.
A média móvel de mortes subiu desde ontem. Passou de 14 nos últimos 7 dias, para 14,86 a cada 24 horas. O índice de infectados também subiu, de 649 ontem, para 671 hoje.
A boa notícia é que continua caindo o número de internações em leitos clínicos e de UTI. Pela primeira vez neste mês são menos de 500 pessoas em hospitais (486) e 238 em unidades de Terapia Intensiva.
Hoje a lotação em Campo Grande é a menor desde o início de agosto, 68%.
Nova contagem - O Ministério de Saúde passou a registrar outros diagnósticos, além dos testes que detectam a covid-19. Agora, exames clínicos e raio-x ou tomografia de tórax que atestem a covid-19 serão considerados como casos positivos, o que deve aumentar bastante o total de contaminados a partir de amanhã.
"Os municípios estão revendo suas bases e alguns dados serão agregados", explica a secretária-adjunta da SES, Christinne Maymone.
O Estado investe para ganhar autonomia na testagem, com duas máquinas de análise que devem entrar em funcionamento. "Na próxima semana, vamos colocar duas máquinas novas. Está semana estão em testes. Vamos poder fazer 1.8 mil testes diários do padrão ouro", explicou o secretário de Saúde, Geraldo Rezende.
Assim o Estado vai se livrar da "ginástica", que é depender de laboratórios de fora, prevê o secretário. "Teremos autossuficiência em testes em Mato Grosso do Sul", avisa.
