Fiocruz indica queda em hospitalizações por casos de gripe em MS
Apesar de queda, o cenário nacional é de alerta e Fiocruz reforça necessidade de vacinação
Mato Grosso do Sul registra sinal de queda nos casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), de acordo com o novo boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (26). A redução atinge inclusive hospitalizações de crianças pequenas, faixa etária mais vulnerável ao vírus sincicial respiratório (VSR), principal agente causador das infecções graves neste grupo.
RESUMO
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Mato Grosso do Sul apresenta queda nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), conforme o boletim InfoGripe da Fiocruz. A redução inclui hospitalizações de crianças, grupo mais vulnerável ao vírus sincicial respiratório. Apesar da melhora em alguns estados, 12 permanecem em alerta, com crescimento de casos, principalmente por influenza A e VSR. A análise da semana epidemiológica 25 revelou 110.412 casos de SRAG no país, com 45,4% atribuídos ao VSR. A Fiocruz destaca a importância da vacinação, especialmente diante do aumento de hospitalizações por influenza. Tocantins é o único estado com queda significativa, enquanto a necessidade de monitoramento contínuo é enfatizada em locais com altos números de infecções.
De acordo com dados do boletim, os estados da região Centro-Sul começam a apresentar consolidação na interrupção do crescimento ou início de queda nas internações por SRAG, sendo citado Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Apesar da melhora em parte do país, o cenário nacional ainda requer atenção. A Fiocruz identificou que 12 estados seguem em situação de alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento no longo prazo. Entre eles estão Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Bahia, Alagoas, Pará, Rondônia e Rio Grande do Sul. Nesses locais, a alta de casos é sustentada principalmente pela circulação da influenza A e do VSR.
A análise da semana epidemiológica 25, que abrange o período de 15 a 21 de junho, mostra que o país registrou 110.412 casos de SRAG em 2025. Entre os casos positivos, 45,4% foram provocados por VSR, 26,3% por influenza A, 22% por rinovírus e 8,6% por Sars-CoV-2 (Covid-19). Em relação aos óbitos, o influenza A aparece em 75,4% dos casos, seguido por VSR (13,4%), rinovírus (8,9%) e Covid-19 (3,4%).
A Fiocruz destaca que, embora haja sinais de desaceleração, os níveis de incidência seguem elevados em boa parte do país, especialmente entre jovens, adultos e idosos. A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da instituição, reforça a importância da vacinação. “Diante da alta de hospitalizações por influenza, a gente continua pedindo, às pessoas que não se vacinaram contra o vírus, que tomem a vacina o quanto antes”, alerta.
Tocantins é, até o momento, o único estado que apresenta uma queda significativa, atingindo níveis baixos e considerados seguros. Já em estados com contratos de saúde pública ainda vigentes, como apontado no relatório, a manutenção de altos números reforça a necessidade de ações preventivas e de monitoramento contínuo da circulação viral.
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