Leilão de prédio das Americanas fracassa em meio a cobranças de R$ 24 milhões
Imóvel de R$ 55 milhões das Americanas não atrai lances e volta ao patrimônio da credora
Não houve interessados no leilão do prédio onde funcionam as Lojas Americanas, entre as ruas Dom Aquino e Cândido Mariano, na região central de Campo Grande. Realizado em março deste ano, o certame oferecia o imóvel com lance inicial de R$ 55 milhões, mas não recebeu propostas.
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O prédio das Lojas Americanas, localizado no centro de Campo Grande, não recebeu propostas durante leilão realizado em março. O imóvel, com lance inicial de R$ 55 milhões, possui três pavimentos e área construída de 12.028,72 metros quadrados. O edifício está envolvido em dois processos judiciais no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, movidos pela Platina Agropecuária e Passaletti Modas, que cobram R$ 24,1 milhões referentes à compra de cotas do Shopping Center Cidade Morena em 2010. O imóvel retornou ao patrimônio da credora, que definirá nova data para leilão.
A informação foi confirmada pela plataforma de leilões Zuk, da leiloeira Dora Plat, responsável pela tentativa de venda. “Esse imóvel não teve lances, ele retornou ao patrimônio da credora que definirá uma nova data de leilão sem aviso prévio na Zuk ou em outra leiloeira”, informou a plataforma em resposta à reportagem.
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O prédio tem três pavimentos e área construída de 12.028,72 metros quadrados. Segundo a Zuk, o leilão chegou a ser aberto, mas foi encerrado sem propostas.
Dois processos relacionados ao imóvel tramitam no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Em um deles, a Platina Agropecuária cobra valores do Shopping Center Cidade Morena e outras empresas da família Saad, referentes à compra de cotas do empreendimento em 2010. O outro processo é movido pela Passaletti Modas Calçados e Confecções, com cobrança semelhante. Juntos, eles cobram R$ 24,1 milhões.
A ação da Platina Agropecuária teve decisão favorável em primeira instância, mas ainda cabe recurso. Já o processo da Passaletti teve resultado desfavorável e tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
No leilão, o imóvel era anunciado como de propriedade do Shopping Center Cidade Morena (SCCM S/A), com a SVV Participações e Empreendimentos Imobiliários Ltda como vendedor. Os irmãos Fernando e Gioconda Saad seguem como donos de outras empresas da família: Saad Administração e Participação Ltda; Camelódromo Saad Empreendimentos Imobiliários Ltda; e Saad Empreendimentos Imobiliários Ltda.
Em manifestações anteriores ao Campo Grande News, a administração do SCCM afirmou que o shopping nunca foi construído – apesar da promessa de obra em 2011 – e negou má-fé na condução do projeto. A direção sustenta que os acionistas continuam sendo proprietários dos imóveis e podem solicitar a retirada da sociedade, desde que respeitadas as cláusulas contratuais.
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