Mesmo com redução de casos, covid tem média de 18 vítimas por dia
Com redução de 32% dos casos, não somente índices permanecem em alto patamar, como há preocupação em relação a nova cepa do vírus
Mesmo com redução de 32% de casos do novo coronavírus em Mato Grosso do Sul, em relação a 14 dias atrás, a doença ainda está em alto patamar no Estado, matando 18 pessoas diariamente, e preocupa autoridades de saúde devido a possível transmissão da nova "cepa" do coronavírus.
Durante transmissão nesta manhã, o governo estadual anunciou 582 novos infectados e nove mortos pela covid-19, registrados em boletim epidemiológico desta quarta-feira (27). Com isso, o Estado chega a 158.340 casos e 2.848 óbitos confirmados desde o início da pandemia.
Em 13 de janeiro, confirmava-se 998,7 casos e 21,4 mortes por dia. Com dados atualizados, hoje o índice é de 754,7 infectados e 18 óbitos. A maior média na primeira onda da doença era de 18,14 vítimas, apenas levemente superior a taxa atual.
Segundo a secretária-adjunta em Saúde, Crhstinne Maymone, essa nova mutação do vírus - que foi confirmada em Manaus (AM), atual epicentro da covid, há algumas semanas, e também confirmou casos recentemente em São Paulo (SP) - possui maior "transmissibilidade". Ou seja, é mais fácil de se espalhar pela população.
Todo o Brasil está em alerta, porque há pesquisadores que sustentam evidências científicas que essa nova mutação já esteja em todas as unidades da federação [...] com essa nova cepa temos que continuar preocupados e vigilantes em relação a transmissibilidade do vírus", disse Maymone.
Ao analisarmos a "curva" da pandemia em Mato Grosso do Sul, é possível verificar que o segundo crescimento da doença, nos meses de dezembro e janeiro, tem sentido uma redução no fim deste mês. Apesar disso, as confirmações permanecem em nível tão alto quando o primeiro crescimento, em julho e agosto.
Boletim atualizado - Foram 105 novos casos na Capital, que também confirmou nova morte. Além de Campo Grande, há novas vítimas em Dourados (2), Anastácio, Bela Vista, Nioaque, Maracaju, Ponta Porã e Nova Alvorada do Sul.
Há 518 pacientes internados em leitos clínicos ou de terapia intensiva em todo Estado - número que já superou 640 nos piores dias, em dezembro e no início de janeiro. Apenas em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Capital, a taxa de ocupantes é de 79%.
Por fim, o titular da SES (Secretaria Estadual de Saúde) disse em live que pacientes de Rondônia podem vir para o Estado, devido a leve arrefecimento da ocupação hospitalar. "Entendemos que é um momento de solidariedade, de ajuda humanitária. Fazer com que a gente possa salvar vidas preciosas do estado de Rondônia, assim como vários estados brasileiros estão atendendo pacientes oriundos de Manaus", finalizou.
