MS registra quase 50 mortes por covid em 2 dias
O número de pacientes internados aciona sinal de alerta: desde ontem, a média é de quase 1 pessoa hospitalizada por hora
Boletim epidemiológico desta sexta-feira (26) traz 914 infectados e 23 óbitos por covid-19 em Mato Grosso do Sul, número semelhante ao registro de ontem, 24. No dia em que o País completa 1 ano de combate à pandemia, o Estado ultrapassa 180 mil casos confirmados e chega a 3.293 mortes.
Atualmente, são 594 pacientes hospitalizados, número maior que o verificado ontem (571), o que volta a acender o alerta para o sistema de saúde sul-mato-grossense. São mais 23 pessoas internadas em 1 dia, quase 1 por hora.
"Várias cidades no Estado estão em sua capacidade máxima de leitos", disse o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende nesta manhã.
Em tom revoltado, ele repreendeu durante transmissão aqueles que não têm se preocupado com os perigos do coronavírus e, que, por estar em condição abastada, acreditam que poderão pagar pelo tratamento".
Quem diz que 'tem como bancar o tratamento', enganam-se. Está faltando leito nos hospitais privados da Capital. É preciso que aqueles que aglomeram e que não respondem aos nosso apelos, que reflitam. Hospitais de São Paulo, Paraná e Goiás estão no limite máximo".
Cerca de 86% dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de Campo Grande estão ocupados, conforme boletim, e segundo o titular da SES (Secretaria Estadual de Saúde), praticamente "não existe leitos [disponíveis] de UTI em Dourados".
De acordo com o documento, a ocupação no maior município do interior de Mato Grosso do Sul é de 94%. "Estamos, inclusive, cobrando da atual administração. Não tivemos êxito em habilitar leitos de UTI que foram montados pelo governo do Estado".
Confirmou-se óbitos nos municípios de Campo Grande (7), Dourados (3), Corumbá (2), Aquidauana, Paranaíba, Caracol, Porto Murtinho, Miranda, Iguatemi, Eldorado, Rochedo, Itaquiraí, Água Clara e Três Lagoas.
"Muitos desses óbitos seriam evitados se gestores tivesem tomado medidas mais restritivas", finalizou Resende.