MS registra terceira maior taxa de internações por consumo de álcool do Brasil
Levantamento ainda aponta que este ano, consumo de bebidas alcoólicas caiu no país
Levantamento do Cisa (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool) mostra que houve queda no consumo de bebidas alcoólicas no Brasil, mas, apesar disso, Mato Grosso do Sul segue entre os estados com maior número de internações atribuídas ao álcool. Em 2024, o estado ficou com a 3ª taxa mais alta do país.
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Mato Grosso do Sul registra a terceira maior taxa de internações por consumo de álcool no Brasil, com 256,3 casos por 100 mil habitantes, ficando atrás apenas do Paraná e Espírito Santo, segundo levantamento do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa). Apesar do cenário preocupante no estado, o consumo nacional de bebidas alcoólicas apresenta queda. Em 2024, 64% dos brasileiros declararam abstinência, maior índice já registrado. Em Campo Grande, contudo, houve aumento de 22% no consumo entre 2006 e 2023, conforme estudo da UFMG.
A pesquisa foi realizada em parceria com o Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica) e a Ipsos, e aponta que 64% dos brasileiros afirmaram não ter consumido nenhuma bebida alcoólica em 2025, o maior índice de abstenção já registrado. Em 2023, o percentual era de 55%.
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Os dados revelam uma mudança de comportamento já que entre 18 e 24 anos, a proporção dos que não bebem subiu de 46% para 64% e entre 25 e 34 anos, passou de 47% para 61%. E os grupos que bebiam pelo menos uma vez por semana, reduziram o consumo para uma vez ao mês ou até menos.
Apesar da tendência positiva, o uso abusivo de álcool ainda preocupa: 15% da população admite beber de forma excessiva e 82% dos consumidores abusivos acreditam erroneamente que consomem de maneira moderada.
A pesquisa do Cisa não traz dados detalhados sobre a ingestão de bebidas alcoólicas por estado em 2025, mas revela que, no ano passado, Mato Grosso do Sul ficou em terceiro lugar no ranking nacional de internações médicas atribuídas ao consumo de álcool.
Com uma taxa de 256,3 internações a cada 100 mil habitantes, o Estado ficou atrás apenas do Paraná (282,1) e do Espírito Santo (267,3). Em julho deste ano, estudo divulgado pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) apontou que, entre 2006 e 2023, o consumo de álcool cresceu 22% em Campo Grande.
Entre os casos recentes de internação e morte pelo consumo de bebida alcoólica está o de Matheus Santana Falcão, de 21 anos, que foi internado na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário, na capital, no dia 3 de outubro deste ano. O rapaz morreu 1h30 após dar entrada no local, depois de vomitar um líquido escuro e apresentar sinais de intoxicação severa.
Entre os casos recentes de internação e morte pelo consumo de bebida alcoólica está o de Matheus Santana Falcão, de 21 anos, que foi internado na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário, na capital, no dia 3 de outubro deste ano. O rapaz morreu 1h30 após dar entrada no local, depois de vomitar um líquido escuro e apresentar sinais de intoxicação severa.
