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Cidades

Piloto e mecânico de MS foram pegos em avião 17 dias após troca de dono

Aeronave estava em pista clandestina e, segundo as autoridades venezuelanas, era usada para o tráfico de cocaína

Marta Ferreira | 07/01/2020 18:35
Piloto e mecânico de MS foram pegos em avião 17 dias após troca de dono
Agentes de segurança bolivianos e o avião apreendido com piloto e mecânico de MS. (Foto: Divulgação/Guarda Nacional Bolivariana)

A aeronave brasileira prefixo PT-EZU, apreendida na Venezuela no dia 16 de novembro de 2019, quando foram presos um piloto e um mecânico de aviação de Mato Grosso do Sul, havia mudado de dono pouco antes do episódio. Segundo os registros da Anac (Agência Nacional de Aviação), o avião fabricado pela Embraer, modelo Sêneca, teve a transferência oficializada em 30 de outubro do ano passado.

Apenas dezessete dias depois, o bimotor parou sem combusível em uma pista clandestina quando foi interceptado por agentes de segurança da Guarda Nacional Bolivariana, no momento em que estava sendo abastecido de combustível irregular. Tudo aconteceu em pista clandestina na cidade de Guasimo Mayita, no estado de Cojedes. 

Nos testes feitos, foram identificados vestígios de cocaína, levando à prisão do piloto Luizimar Cassius Nastick, de 40 anos, e do mecânico de aviação Jeferson Pontes Gonçalves, de 29 anos. Ambos atuavam em Campo Grande até novembro, quando desapareceram, provocando estranheza entre os colegas dos aeroportos Teruel e Santa Maria.

Conforme os registros da Anac, o “operador” do avião é uma mulher identificada como Ana Lúcia dos Santos Moreno. Ela não foi localizada pela reportagem. A Anac não informa o responsável anterior em seu registro. 

As pesquisas realizadas na internet mostram que, anteriormente, o avião já pertenceu a uma empresa de Itumbiara (Goiás).

Sem documento - De acordo com as informações divulgadas à imprensa venezuelana pelo Ministério Público daquele país, o piloto e o mecânico não portavam documentação legal da aeronave nem apresentaram plano de vôo. 

Nastick e Gonçalves foram presos por ligação com o tráfico internacional de drogas e associação para o crime. O Campo Grande News tentou falar com a família deles, sem êxito. O Itamaraty, em Brasília, também foi procurado para saber se vai adotar alguma providência relacionada ao caso, porém não houve retorno à solicitação de informação.

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