Policiais penais condenados por tráfico de drogas são demitidos

A Agepen (Agência Estadual de Administração Penitenciária) publicou nesta terça-feira (2) a demissão de dois policiais penais condenados por tráfico de drogas. Os agentes Leandro Ramires Pinheiro e Robson Magno Haveroth foram retirados do quadro público em cumprimento de sentença dos processos em que foram denunciados.

Assinada pelo diretor-presidente da pasta, a decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado. Leandro foi preso em 4 de julho de 2024, por volta das 17h30, na Avenida Costa e Silva, Vila Progresso, em Campo Grande. Na ocasião, ele transportava dois tabletes de cocaína que totalizaram pouco mais de dois quilos da droga.

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Segundo a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o policial penal foi investigado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que informou a PM (Polícia Militar) sobre o transporte da droga naquele dia. Leandro estava em uma motocicleta Yamaha.

O policial penal foi abordado e a droga encontrada na mochila. Ele ficou em silêncio, mas depois confessou que fazia “bicos” para internos do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, localizado na zona rural da Capital, porém, alegou que pegava apenas celulares com familiares e amigos, negando saber da existência da droga.

Em dezembro do ano passado, ele acabou sendo condenado a oito anos e oito meses de prisão. A sentença foi assinada pela juíza Eucelia Moreira Cassal e devia ser cumprida em regime fechado. A magistrada também determinou a perda do cargo público.

Outro demitido – Já Robson acabou denunciado em março de 2023 junto com os policiais penais Iran Alberto Coelho Misael e Wagner Flores da Silva, por “praticarem reiterados crimes” como tráfico de drogas, comércio de armas de fogo e munições e o ingresso de celulares na PED (Penitenciária Estadual de Dourados).

O agente foi preso em flagrante por policiais do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), em 20 de janeiro de 2023, momento em que tentava entrar no presídio de Dourados carregando na mochila dois quilos de maconha, dois quilos de cocaína, 22 munições calibre 357 e R$ 4.229 em espécie.

Iran Alberto estava na portaria e foi preso acusado de não adotar os procedimentos de praxe no momento em que o colega retornou para o interior do presídio. Ele foi solto sob medidas cautelares no dia seguinte. Ele negou envolvimento no caso. Robson confessou o crime, mas não deu detalhes sobre o esquema.

Em maio de 2024, eles foram julgados, e o juiz Marcelo da Silva Cassavara absolveu Iran e Wagner, mas condenou Robson a sete anos, três meses e 15 dias por tráfico de drogas. Ele também determinou que o agente perdesse o cargo público.

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