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Cidades

Vacinação em massa com Janssen faz casos reduzirem 63% na fronteira

Redução de casos e mortes é verificada em todo MS, mas dados apontam boa eficácia do imunizante na fronteira

Guilherme Correia | 30/07/2021 09:59
Equipes de saúde pública fizeram busca ativa nos municípios de fronteira para vacinar todo mundo (Foto: Arquivo)
Equipes de saúde pública fizeram busca ativa nos municípios de fronteira para vacinar todo mundo (Foto: Arquivo)

O projeto de imunização em massa na fronteira de Mato Grosso do Sul com os países vizinhos, Bolívia e Paraguai, já indica bons resultados em relação à queda de infecções por coronavírus. No período analisado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), houve redução de 63% desse índice.

Ao todo, mais de 94,2 mil pessoas dos 13 municípios que compõem a região de fronteira foram imunizadas com a vacina da Janssen, de dose única. O estudo imunológico, conduzido pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), fez até com que mais doses fossem encaminhadas ao restante do Estado.

Em 14 de julho, o Campo Grande News já havia indicado, por meio dos mesmos dados, que os municípios de fronteira, juntos, tinham registrado queda nos óbitos por covid-19.

O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, declarou em notícia publicada pelo governo estadual que Mato Grosso do Sul é exemplo para todo o País e será o primeiro estado a sair da pandemia. “Nós conseguimos esse feito histórico. Esse processo de imunização nos 13 municípios foi extremamente importante para nós".

"Os municípios compõem a região de fronteira de nosso Estado e criamos esse cinturão sanitário. Acredito que é a maior conquista que nós tivemos até o momento, neste enfrentamento à covid-19”, disse Resende.

Benefícios da vacinação - O levantamento feito pela SES indica  que houve uma diminuição considerável nos indicadores de transmissão e óbitos por covid-19, sentida nas últimas semanas do mês de julho, nos 13 municípios contemplados pelo estudo.

Fizeram parte desse projeto Mundo Novo, Japorã, Sete Quedas, Paranhos, Coronel Sapucaia, Aral Moreira, Ponta Porã, Antônio João, Bela Vista, Caracol, Porto Murtinho, Corumbá e Ladário.

O desempenho positivo constatado no levantamento leva em consideração que o Estado já havia iniciado a vacinação com imunizantes de outros laboratórios nos 79 municípios e o estudo foi um complemento ao esquema vacinal nos municípios de fronteira.

Com estudo imunológico, cidades fronteiriças avançaram na vacinação em massa (Fonte: Reprodução/SES)
Com estudo imunológico, cidades fronteiriças avançaram na vacinação em massa (Fonte: Reprodução/SES)

Segundo a pasta, em um comparativo mensal de casos confirmados da doença nas cidades de fronteira, houve redução de 63,3% no número de infecções enquanto nos demais municípios, o índice foi de 46,6%. Quanto ao total de óbitos, a variação ocorre entre 50% a 90% de queda.

Portanto, houve uma diminuição na incidência de casos e mortalidade já sentida na 28ª semana epidemiológica neste cinturão sanitário. O levantamento pontua que até o dia 22 de julho, ainda não havia completado o período de 14 dias de resposta imunológica dos vacinados pela Janssen nestes municípios.

Municípios de fronteira registraram menos casos e óbitos de covid depois da vacinação que o restante do Estado (Foto: Reprodução/SES)
Municípios de fronteira registraram menos casos e óbitos de covid depois da vacinação que o restante do Estado (Foto: Reprodução/SES)

Na avaliação do titular da SESm, os resultados deste cinturão sanitário diminuirão sensivelmente os riscos de novos casos e já traz impacto positivo na situação epidemiológica no Estado. “Essa barreira vai reduzir a circulação de variantes e contribuir para a redução de outros índices epidemiológico como a taxa de ocupação de leitos hospitalares e óbitos”.

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