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Cidades

Tereza diz que corte radical de subsídio pode "desarrumar" agronegócio

Ministra da Agricultura reagiu ao plano do governo federal que prevê corte geral de subsídio de R$ 10 bilhões até fim de 2019

Silvia Frias | 11/02/2019 13:15
Tereza diz que mudança tem que ser feita de forma gradual (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Tereza diz que mudança tem que ser feita de forma gradual (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, reagiu ao plano econômico do governo que prevê corte de oferta de crédito com taxas subsidiadas pelo Tesouro Nacional. Ela alertou que uma redução radical pode ser “desarrumar” o agronegócio.

“Vamos quebrar a Agricultura? É esse o propósito? Tenho certeza que não é", disse a ministra, em entrevista ao Estadão. Tereza Cristina avaliou que é preciso ter cuidado com setor que responde a 20% do PIB (Produto Interno Bruto).

A tensão entre os produtores cresceu depois que o presidente do Banco do Brasil (BB), Rubem Novaes, em entrevista ao Estado afirmou que o "grosso da atividade rural" pode se financiar com as taxas de mercado. O ministro da Economia, Paulo Guedes, também avisou no Fórum Econômico Mundial de Davos que pretende cortar esse ano US$ 10 bilhões da conta de todos os subsídios do Tesouro em 2019.

“Em quanto tempo isso vai acontecer? É uma medida radical? Eu brinco até que é um desmame. Você pode fazer o desmame radical e o controlado. Ainda está muito no campo das nossas ideias de lá e de cá. As nossas equipes estão sentando agora para discutir”, disse a ministra.

Tereza contou que o corte de R$ 10 bilhões de subvenção no Plano Safra ainda é projeto não pacificado. “O Ministério da Agricultura tem que dizer o que ele pensa e quais são as consequências para a equipe econômica. É sempre uma guerra. Vamos começar a discussão. Isso não está decidido”.

A ministra acredita que não se pode criar problema com agricultura. "Temos uma agricultura crescente ainda no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul em áreas de pecuária que estão entrando para o setor produtivo".

O novo modelo deve estar pronto para a reunião do CNM (Conselho Nacional Monetário) em maio. “O plano safra (em vigor) tem R$ 191 bilhões para crédito, não podemos baixar esse patamar”.

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