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Cidades

A um dia do prazo, Cesare Battisti coloca tornozeleira eletrônica em MS

Ele deixou unidade da Agepen nesta tarde, 40 minutos depois de chegar ao local

Marta Ferreira e Bruna Kaspary | 19/12/2017 14:04
Cesare Battisti deixa o prédio do Patronato Penitenciário. (Foto: Bruna Kaspary)
Cesare Battisti deixa o prédio do Patronato Penitenciário. (Foto: Bruna Kaspary)

Quarenta minutos depois de chegar ao prédio do Patronato Penteniciário, unidade da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) responsável pelo monitoramento de presos, o italiano Cesare Battisti deixou o prédio nesta tarde, já usando tornozeleira eletrônica para monitoramento virtual. Ele tinha prazo até amanhã para isso, segundo decisão da Justiça Federal.

Battisti chegou ao local acompanhado de um homem, de táxi, e ficou pelo menos 15 minutos em um restaurante vizinho, esperando a chegada do advogado Benedicto Arthur de Figueiredo Neto, contratado para atendê-lo em Campo Grande. O italiano não falou com a imprensa nem na chegada nem na saída.

O italiano, acusado na Itália de crimes de terrorismo mas que vive asilado no Brasil há vários anos,  tentou recorrer da decisão judicial para colocar a tornozeleira em Cananéia (São Paulo), onde vive, mas o pedido foi recusado.

Prisão – Battisti voltou para a mira da Justiça no dia 4 de outubro quando foi flagrado na fronteira com a Bolívia carregando R$ 10 mil em espécie, US$ 5 mil (o equivalente na cotação atual a R$ 15,6 mil) e 2 mil euros (cerca R$ 7,3 mil).

Ele estava em um táxi boliviano com outros dois passageiros. A grande quantia em dinheiro chamou a atenção da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Depois do flagrante, o refugiado ficou preso na delegacia de Polícia Federal de Corumbá. No dia 5 de outubro, durante a audiência de custódia, realizada por videoconferência, teve a prisão preventiva decretada por evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

O TRF3 concedeu habeas corpus a Battisti, sob a condição de que ele fosse monitorado.

O italiano conseguiu refúgio no Brasil depois de ter sido condenado na Itália à prisão perpétua por homicídio quando integrava o grupo Proletariados Armados pelo Comunismo.

Ele chegou ao país em 2004, em 2009, o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou sua extradição, que negada pelo presidente Lula (PT) em 2010.

 

Veja abaixo vídeo da chegada de Battisti:

 

Veja o vídeo do momento Battisti saiu do Patronato, quarenta minutos após sua chegada:

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