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Cidades

Abaixo dos 40 anos, nova turma de 18 juízes toma posse em MS

Aprovados passaram por processo seletivo em 2015 e deverão atuar em comarcas do interior.

Anahi Gurgel | 19/07/2017 18:56
Juízes substitutos tomaram possem na tarde desta quarta-feira (19). (Foto: João Paulo Gonçalves)
Juízes substitutos tomaram possem na tarde desta quarta-feira (19). (Foto: João Paulo Gonçalves)

O espírito de renovação tomou conta do auditório do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), na tarde desta quarta-feira (19), em Campo Grande, durante cerimônia de posse dos 18 juízes substitutos do estado, dois anos após abertura do edital para o processo seletivo.

Com menos de 40 anos, os novos juízes desbancaram simplesmente 2.659 candidatos de todo o Brasil inscritos para disputar, em 2015, um dos mais cobiçados cargos da magistratura brasileira.

Aos 26 anos, Milton Zanuto Júnior, natural de Terra Roxa (PR), é o juíz substituto do estado com menos idade. Filho de funcionário público, se inspirou no pai e na juíza com quem estagiou quando cursava Direito, no Paraná, para seguir carreira no judiciário.

“A inovação e a qualidade do trabalho do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul são modelo para todo o País, tanto para o servidor quanto para a população. O grande desafio será manter essa excelência e prestar o serviço que a sociedade do estado almeja, que está acostumada. Temos que estar a altura e aprender muito”, acredita.

Também um dos mais novos, Bruno Palhano Gonçalves, 27, tem no judiciário sul-matogrossense um vínculo construído desde a infância. Nascido em Campo Grande, é filho de ex-servidora do órgão, e chegou a frequentar a creche do TJMS – hoje extinta.

Aos 27 anos, o campo-grandense Bruno Palhano é um dos mais novos juízes substitutos de MS. "Frequentou a creche do Tribunal de Justiça. (Foto: João Paulo Gonçalves)
Aos 27 anos, o campo-grandense Bruno Palhano é um dos mais novos juízes substitutos de MS. "Frequentou a creche do Tribunal de Justiça. (Foto: João Paulo Gonçalves)

“Desde pequeno convivo com esse universo da Justiça. É natural estar vivenciando essa conquista hoje. Meu pai é advogado e isso também me motivou”, conta. Bruno se formou no Rio de Janeiro e retornou à Capital em 2013 determinado a estudar para o cargo de juiz.

A dedicação rendeu aprovação também no concurso para Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado, e ele teve que optar entre as duas carreiras.

“A carreira de juiz falou mais alto. Somos uma nova geração, com pensamentos novos, muita vontade de trabalho e acho que teremos condições de suprir as expectativas da comunidade, aproveitando a ótima estrutura do TJ”, ressalta.

A mãe dele, Léa Maria Palhano Gonçalves, 55, passou no concurso para o Tribunal de Justiça no mesmo ano em que o filho nasceu, na década de 90, e se aposentou na mesma época em que ele foi aprovado no processo seletivo. “Gratidão e orgulho definem esse momento. Ele será um excelente e sábio juiz. Batalhou muito para isso”, disse emocionada.

“Hoje, os senhores estão prestando compromisso com a comunidade jurídica guaicuru de cumprir as leis de forma célere, descomplicada e efetiva. Nunca olhem para um processo como um estorvo. Em cada um deles, existe um drama humano que busca o bálsamo da Justiça para acalmar os ânimos e restabelecer a paz de espírito às pessoas”, disse o desembargador João Maria Lós, em nome do TJMS.

Novos juízes no momento da assinatura da posse, no auditório do TJMS. (Foto: João Paulo Gonçalves)
Novos juízes no momento da assinatura da posse, no auditório do TJMS. (Foto: João Paulo Gonçalves)

Também foram empossados os sul-matogrosseses Marcelo da Silva Cassavara, Edimilson Barbosa Ávila, Thielly Dias de Alencar Pithan e Silva e Camila de Melo Mattioli Gusmão S. Figueiredo.

De outros estados são Mario Cesar Mansano (PR), Alan Robson de Souza Gonçalves (SC), Larissa Luiz Ribeiro (MG), Carolinne Vahia Concy (RJ), Vinícius Aguiar Milani (PR), Bruna Tafarelo (PR), Diogo da Silva Castro (SP), Diogo de Freita (MG), Daniel Foletto Geller (RS), Aldrin de Oliveira Russi (SP), Daniel Raymundo da Mata (RJ) e Juliano Luiz Pereira (PR).

Eric Baracho Dore Fernandes foi aprovado, mas não tomou posse.

Os juízes substitutos empossados serão inscritos, de ofício, na Ejud-MS (Escola Judicial de Mato Grosso do Sul) para curso preparatório. O início será em 24 de julho, com duração mínima de três meses.

O presidente do Tribunal de Justiça designará os juízes substitutos para atuar como coadjuvantes nas varas da Capital. Ao fim do curso, cada juiz será avaliado e, se aprovado, designado para atuar ou auxiliar em comarcas ou varas do interior do estado, por determinação do Conselho Superior da Magistratura.

Auditório cheio para prestigiar a posse dos novos juízes substitutos, nesta tarde (19). (Foto: João Paulo Gonçalves)
Auditório cheio para prestigiar a posse dos novos juízes substitutos, nesta tarde (19). (Foto: João Paulo Gonçalves)

O prazo de validade do concurso será de dois anos, contados da publicação da homologação do resultado final, prorrogável por igual período, a critério do Tribunal de Justiça.

Processo seletivo – O 31º Concurso da Magistratura do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul ofereceu 25 vagas para o cargo de juiz substituto com remuneração de R$ 23.512,65.

O processo seletivo foi composto por cinco fases. Nas duas primeiras, executadas pela Fundação Vunesp (Vestibular da Universidade Estadual Paulista), os candidatos fizeram prova objetiva seletiva; provas escritas e de sentença – ambas de caráter eliminatório e classificatório.

Na terceira etapa, com caráter eliminatório, os candidatos classificados nas provas discursivas passaram por uma sindicância da vida pregressa,investigação social, exame de sanidade física e mental, além de exame psicotécnico.

A quarta etapa contemplou entrevista e prova oral e, a quinta, avaliação de títulos apresentados. Todas as etapas foram realizadas em Campo Grande.

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