Acrissul finaliza levantamento de áreas indígenas em MS
A Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) finaliza nesta semana o relatório das propriedades cujos donos estão dispostos a vendê-las ao governo federal para fins de assentamentos indígenas.
São 67,5 mil hectares de terras distribuídas nos municípios de Dourados, Juti, Amambai, Rio Brilhante, Paranhos, Sidrolândia, Dois Irmãos do Buriti, Guia Lopes da Laguna, Miranda, Antônio João, Maracaju e Ponta Porã.
Todas as áreas atendem aos critérios do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), de acordo com o vice-presidente da Acrissul, Jonathan Pereira Barbosa, coordenador dos trabalhos de levantamento das propriedades. Para ele, essas áreas não são invadidas e estão limítrofes às aldeias.
Após ser concluído, o relatório será entregue ao deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT), que dará continuidade ao processo em Brasília (DF).
Jonathan ainda frisa que o total de terras ofertadas é superior ao que as populações indígenas de Mato Grosso do Sul demandam, ou seja, cerca de 40 mil hectares.
A busca da Acrissul por pessoas que estão dispostas a vender suas terras para a União começou em fevereiro, quando Francisco Maia, presidente da entidade, teve uma audiência com o presidente Lula. Na ocasião, o petista solicitou que se encontrassem áreas necessárias para se assentar as populações indígenas do estado que demandam terras e disse que o governo estaria disposto a comprá-las.
