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Cidades

Após 19 meses, juiz aceita denúncia contra Zeolla

Redação | 06/10/2010 08:31

Um ano e sete meses após o crime, foi aceita ontem pelo juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri e Crimes Dolosos Contra a Vida, a denúncia por homicídio contra o procurador de Justiça aposentado Carlos Alberto Zeolla, acusado de matar o sobrinho, Cláudio Zeolla, de 23 anos, no dia 3 de março do ano passado, em Campo Grande.

O processo estava parado desde abril, quando o advogado de defesa de Zeolla, Ricardo Trad, alegou insanidade mental do acusado. A perícia feita por ordem da justiça determinou que ele poderia responder pelo crime, mas a defesa contestou o resultado e encomendou um laudo do psquiatra conhecido nacionalmente Guido Palomba.

Esse laudo, juntando ao processo no dia 14 de setembro, afirma que Zeolla é semi-imputável, ou seja, tem consciência parcial de seus atos, e apresenta alta periculosidade social.

Diante do resultado, o juiz decidiu retomar o andamento da ação, determinou que o procurador permaneça internado na Clínica Carandá, em Campo Grande, e nomeou como curador do réu o advogado Ricardo Trad.

Provas e indícios- No despacho em que aceita a denúncia, o juiz Carlos Alberto Garcete afirma que há "prova da materialidade dos delitos imputados ao acusado". Diz também que existem "indícios suficientes da autoria". O magistrado cita a existência de confissão extrajudicial feita pelo denunciado.

A defesa de Zeolla recebeu prazo de 10 dias para apresentar defesa à acusação feita pelo MPE. Agora, o caso segue o tramite normal, com a realização de audiências para ouvir as testemunhas de acusação e defesa, interrogatório do réu, alegações finais de defesa e acusação e, por fim, a decisão do juiz se o procurador será submetido a júri popular.

Carlos Alberto Zeola foi acusado por matar o sobrinho no dia 3 de março, em frente a uma academia de ginástica, na Rua Bahia, em Campo Grande. O motivo teria sido uma agressão de Cláudio ao pai de Zeolla, Américo Zeolla. O procurador foi aposentado pelo MPE após o crime.

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