Assentados de Sidrolândia estão sem água há três semanas

Há três semanas um grupo de 290 famílias do assentamento Eldorado, em Sidrolândia, está precisando percorrer distância de até quatro quilômetros para conseguir água. Isso porque a baixa vazão do único poço perfurado para abastecer os assentados teria estragado a bomba.

"Abri um poço com 17 metros que simplesmente secou", explica Walmir e Beatriz, que depois de dois anos acampado, há três está no assentamento. Até agora não conseguiu iniciar nenhuma produção. "Enquanto a casa não for construída , a energia elétrica não é instalada e não há recursos do Pronaf (crédito para custeio da agricultura familiar)", diz. Ele conta que gastou suas economias na construção de duas peças e sobrevive fazendo bicos em fazendas da região.

A situação dos assentados foi denunciada na Câmara Municipal. A presidente de uma das entidades que representa as famílias, Laura Silva, afirma que a intenção é pedir a intervenção do Ministério Público Federal para verificar se a empreiteira que ganhou a licitação aberta pelo Incra para implantar a rede de água de fato executou os serviços previstos no contrato. E

A suspeita é que haja pendências. Dos três poços projetados para esta região onde estão pouco menos de 300 famílias, só um foi aberto. Ao invés de 120 metros, tem 60 metros e a bomba, avaliada em R$ 7mil, não seria nova, conforme atestaram os técnicos da oficina onde foi levada para conserto.