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Cidades

Atos na Capital e em Sidrolândia marcam 1 ano da morte de terena

Aliny Mary Dias | 29/05/2014 16:57
Ato em Sidrolândia será na fazenda Buriti, onde índio foi morto durante confronto (Foto: Cleber Gellio)
Ato em Sidrolândia será na fazenda Buriti, onde índio foi morto durante confronto (Foto: Cleber Gellio)

Nesta sexta-feira (30), a morte do terena Oziel Gabriel, 35 anos, completa um ano e manifestações em Campo Grande e em Sidrolândia marcam a data com a presença de parentes, indígenas e simpatizantes da causa. Na sede da fazenda Buriti, hoje ocupada por 38 famílias indígenas, são esperados mais de 5 mil indígenas de aldeias da região.

Na Capital, o movimento foi batizado como “Ato contra a impunidade e pela demarcação de terras indígenas”. A concentração está marcada para o meio-dia na Praça do Rádio Clube e o grupo pretende fazer uma marcha até a Praça Ary Coelho, onde haverá fala de lideranças por volta das 15 horas.

De Sidrolândia, distante 70 quilômetros de Campo Grande, três ônibus sairão lotados de indígenas que vivem nas aldeias Buriti, Água Azul e Córrego do Meio, essa última onde vivia Oziel.

Na Terra Indígena Buriti, a preparação para o evento que pretende discutir a situação da região e homenagear a família de Oziel já começou. A sede da fazenda ocupada desde o dia 15 de maio do ano passado começou a ser limpa nesta quinta-feira (29).

São esperados mais de 5 mil indígenas no espaço além de representantes do MPF (Ministério Público Federal). O líder indígena das famílias que vivem na área ocupada, Paulo dos Santos Fernandes, 23 anos, explica que o cronograma do evento foi debatido entre os indígenas.

“Nós resolvemos fazer esse ano para que a morte dele não seja esquecida. Nós convidamos o pessoal do MPF e toda nossa comunidade estará aqui. Já avisamos irmãos de outras aldeias de cidades vizinhas e esperamos que todos venham”, diz.

Confronto e morte – Oziel foi baleado no dia 30 de maio do ano passado durante desocupação feita pela Polícia Federal. Os agentes cumpriam ação de reintegração de posse, expedida pela Justiça depois que a ocupação completou 15 dias.

O indígena foi socorrido até o hospital de Sidrolândia, mas morreu minutos depois de dar entrada na unidade. Inquérito da Polícia Federal que apurou a morte do índio teve 2,1 mil páginas, foi encerrado no fim do ano passado e não apontou culpados. Tudo porque a bala que matou Oziel nunca foi encontrada.

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