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Cidades

Autor de atropelamento diz que não estava embriagado

Redação | 04/11/2008 19:00

José Roberto de Aguiar Ribeiro, 51 anos, o motorista do Fiat Uno que atropelou e matou duas mulheres no último domingo, no Bairro Vespasiano Martins, prestou hoje depoimento na delegacia do Bairro Pirantininga.

Com o rosto coberto por uma toalha, José Roberto falou rapidamente com a imprensa e disse que fugiu do local com medo de ser linchado pela população. Ele negou estar embriagado e disse ter ingerido apenas três cervejas sem álcool, antes do acidente.

As informações são reforçadas pelo advogado dele, Gildasio Gomes de Almeida, que acompanhou todo o depoimento do motorista. Conforme o advogado, José Roberto disse à polícia  ter saído de um almoço de família no Bairro Aero Rancho e que se dirigia ao Jóquei Clube, onde assistiria uma corrida de cavalos às 16h.

No caminho, ele teria se encontrado com amigos que lhe pediram para comprar cerveja.  Ele diz ter parado em uma conveniência e comprado 12 latinhas de cerveja e seis garrafas, colocadas em uma caixa de isopor sem tampa no porta-malas do carro.

Ainda segundo o advogado, José Rpberto negou estar em alta velocidade e disse que dirigia a 60 km/h. Garante que chegou a reduzir a velocidade, porque um cachorro atravessou a frente do carro.

Para explicar o acidente, ele alegou falha mecânica. Afirma que jogou o carro para esquerda para escapar do animal, mas diz que o veículo não obedeceu ao comando.

O delegado Ivhair Luiz de Campos, que conduz o caso, estranhou a alegação de falha mecânica e disse que vai pedir amanhã uma perícia no veículo.

No momento do acidente, além de José Roberto, estavam no carro, a esposa dele, Tânia Braz de Queiroz, e uma criança de aproximadamente nove anos. Eles tiveram ferimentos leves e foram tirados do veículo pelo porta-malas.

O motorista disse ter contado com a ajuda da filha da esposa, do marido dela e do vizinho, pai do garoto que estava no carro, para sair do carro. Eles estavam em duas motocicletas que o seguiam.

José Roberto afirmou ainda ter ficado próximo ao local, a duas quadras do acidente, e que foi ele mesmo que acionou o Corpo de Bombeiros.

Contradição - Questionado sobre a demora em apresentar o cliente à polícia, o advogado se contradiz. Primeiro ele afirma que não apresentou o cliente no mesmo dia do acidente, ou seja, no domingo, porque a delegacia plantonista no caso, a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), não seria a mesma a conduzir o caso.

Ele afirmou ainda que na segunda-feira, o boletim de ocorrência ainda não estava pronto, por isso não levou José Roberto ontem mesmo à delegacia competente, no caso 5ª DP.  No entanto, o delegado afirma que o motorista poderia ter se apresentado sim à Depac.  Na opinião do delegado, a intenção foi fugir do flagrante.

Na outra versão, o advogado alegou que o cliente estava cansado e achou por bem apresenta-lo só hoje.  Desde o dia do acidente, José Roberto esteve em uma fazenda localizada na saída de Sidrolândia.

José Roberto será indiciado por homicídio culposo.  O delegado Ivhair Luiz de Campos, disse que vai investigar se o acusado tem agravante para enquadrá-lo por homicídio doloso (com intenção de matar).

O acidente matou duas pessoas: Valquiria Amélia Vicente Gomes, 51 anos, e Maria de Araújo, 52 anos, que estavam na calçada da Rua Luís Gustavo Ramos Arruda, no bairro Vespasiano Martins.

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