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Cidades

Campo Grande vai bem, mas interior tem desempenho ruim em Português e Matemática

Viviane Oliveira | 06/03/2013 17:23

Em Campo Grande, estudantes cumpriram as metas estabelecidas pelo movimento Todos pela Educação, nas duas disciplinas avaliadas: Português e Matemática e também nos dois níveis de ensino, 5º e 9º anos.

O estudo é divulgado anualmente e monitora o cumprimento de cinco pontos considerados fundamentais: o atendimento escolar à população de 4 a 17 anos, a alfabetização na idade correta, o desempenho dos alunos nos Ensino Fundamental e Médio, a conclusão dos estudos e o financiamento da educação.

Para o 5º ano as metas estabelecidas foram em Português 31,5% e em Matemática 35,4%. Para o 9º ano 32% para o ensino da Língua Portuguesa e 25,4% para Matemática.

Já no interior do Estado, o desempenho não foi o esperado. Em 18 municípios, os alunos ficaram abaixo da média no 5º ano, a maioria nos três anos que foram realizados a pesquisa: 2007, 2009 e 2011. Na mesma disciplina, mas no 9º ano, 34 municípios, principalmente os menores, tiveram desempenho ruim. Em Matemática, 60 dos 79 municípios foram mal no 5º ano.

Alunos do 9º ano são os que apresentam maior defasagem no aprendizado no Ensino Médio no Brasil. Menos de um terço, 29,2%, dos estudantes conhecem a língua portuguesa da forma adequada ao período de estudo. Em Matemática o desempenho é ainda pior, só 10,3% sabem matemática. Os dados foram divulgados hoje (6) no relatório De Olho nas Metas do movimento Todos pela Educação.

“Para melhorar essa fase do ensino, é preciso melhorar todo o sistema de educação. A defasagem vem desde a educação infantil e vai se acentuando”, explica a diretora executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz.

Este ano, o desempenho dos estudantes do Ensino Médio chamou a atenção por se distanciar da meta considerada adequada. Com base em dados do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) e da Prova Brasil de 2011, o TPE constatou a maior defasagem em Matemática.

“Diversas pesquisas educacionais comprovam que alunos com maior defasagem tendem a apresentar desempenho escolar inferior ao dos que se encontram no ano adequado”, informa o relatório. Ainda segundo o estudo, “o problema da defasagem precisa ser combatido na partida. Ou seja, se os alunos aprendem o que têm direito de aprender, diminui a repetência e, consequentemente, a defasagem. Por sua vez, alunos que já estão defasados precisam ter acesso a reforço escolar”.

A entidade alerta para a diferença entre as regiões e entre os estados e o Distrito Federal. De acordo com Priscila, não se trata de algo recente, pelo contrário, foi observado em outros relatórios do TPE, no entanto “observamos pouco avanço no sentido de melhorar essa desigualdade. Se quisermos que as regiões mais pobres elevem o desempenho em vários setores, precisamos melhorar a educação. Essa é uma grande preocupação”, diz.

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