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Capital

"Braço direito" de condenado por morte de advogado a mando do PCC é preso

Além da ligação com assassinato, Braz estava foragido da justiça por tráfico de drogas

Adriano Fernandes | 05/09/2018 20:58
Criminoso já detido na Deco. (Foto: Divulgação)
Criminoso já detido na Deco. (Foto: Divulgação)

Foragido por tráfico de drogas, Braz Edson Nunes Avila, de 33 anos, o "Bra do PCC", foi preso por policiais da Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado), nesta quinta-feira (05) em um campo de futebol do Bairro Centenário em Campo Grande.

O criminoso também é apontado como o braço direito de Paulo Eduardo Nepomuceno Alves, o "Peréu do PCC", que cumpre pena por tráfico e a 20 anos de prisão no Presídio de Segurança Máxima da Capital pelo assassinato do advogado William Maksoud Filho, ocorrido ainda em 2016. Os dois criminosos tem ficha extensa no tráfico de drogas sobre o comando da facção.

Execução - “Pereu” teria fornecido as armas usadas para executar o advogado criminalista Willian Maksoud. O crime aconteceu no dia 5 de abril de 2006, em Campo Grande. O advogado trabalhava no escritório quando outro acusado, Edson Ferreira entrou, se passou por cliente e rendeu o segurança. Rafael Carlos Mosqueda, conhecido como Rafinha, então entrou e deu três tiros de pistola em William.

O advogado foi socorrido para a Santa Casa e morreu dias depois. Doze pessoas foram denunciadas por envolvimento com o crime, mas, somente quatro foram pronunciadas. Três foram a júri popular.

Edmilson dos Santos Pires foi condenado a 26 anos de prisão; Edson Ferreira, o Rato, a 23 anos e oito meses de prisão, e Paulo Eduardo Nepomuceno Alves, o Peréu, a 20 anos.

A execução foi encomendada pela facção depois que Willian advogou para o PCC (Primeiro Comando da Capital), recebendo um veículo S-10 e cerca de R$ 100 mil para transferir um membro do grupo, Júlio César Camacho, de um estabelecimento prisional do interior para Campo Grande.

Júlio César é irmão de Marcos Willian Herbas Camacho, conhecido como Marcola e apontado como líder do PCC. À época, no entanto, o advogado não obteve êxito no caso e, em razão disso, o grupo exigiu a devolução do pagamento efetuado.

A vítima, conforme o processo, reembolsou somente cerca de R$ 30 mil, tendo por imposição do PCC que arcar com o restante da dívida mediante a prestação de serviços. Contudo, William se negou a participar do acordo e foi assassinado.

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