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Capital

"Ficamos com coração na mão", diz vizinha após ataque por rixa de escola

Relato é de vizinhos que ouviram os oito disparos e que condenaram a suposta motivação do crime

Ronie Cruz | 17/04/2019 14:15
Furos de bala enumerados pela perícia na parede da casa (Foto: Ronie Cruz)
Furos de bala enumerados pela perícia na parede da casa (Foto: Ronie Cruz)

Os vizinhos ainda estão assustados com o que aconteceu em uma casa na rua Jandaíra, no bairro Parque dos Novos Estados. Os furos dos oitos disparos de arma de fogo na parede do imóvel ficam mais evidentes com a marcação da perícia, feita depois dos tiros na noite de terça-feira (16). A suspeita é de que o autor dos disparos seja o pai de um adolescente com quem o filho do dono da casa brigou na escola.

Uma moradora de 31 anos, que preferiu não revelar a identidade, disse que ouviu os tiros por volta das 23h30. O marido dela teria visto a suposta motocicleta do atirador deixando o local logo em seguida. "Eu estava dormindo e acordei com o barulho achando que era alguém batendo com pau no meu portão. Daí o meu marido viu pelo portão a moto descendo a rua", disse a mulher. "Na hora que saímos para ver os vizinhos na rua e os cartuchos espalhados no chão. Esse pessoal [que mora na casa] são tranquilos. Gente boníssima", acrescentou ela.

Disparos que assustaram a vizinhança não atravessaram a parede (Foto: Ronie Cruz)
Disparos que assustaram a vizinhança não atravessaram a parede (Foto: Ronie Cruz)

Na casa moram o casal de proprietários e um filho de treze anos, conforme vizinhos. A reportagem do Campo Grande News não encontrou ninguém na residência na manhã desta quarta-feira (17). Uma outra testemunha que mora na mesma rua e que também preferiu não se identificar acredita que os tiros foram um aviso.

"A gente fica com o coração na mão. Todo movimento a gente fica observando. Aqui é um bairro tranquilo. Mas essa já a segunda vez que atiram contra essa casa. Há uns 2, 3 anos fizeram a mesma coisa no portão", afirmou.

A vizinhança limitou-se a comentar sobre suposta motivação do crime, mas condenou o ato. “Se foi isso mesmo que aconteceu eu acho que não é assim que se resolve problema de filho na escola. Violência só gera violência”, disse a primeira testemunha. “Tem que haver diálogo”, disse a outra.

Caso - Conforme informações do boletim de ocorrência, o morador da casa relatou à polícia que no início da tarde de ontem o filho brigou na escola. O pai do aluno com quem o adolescente se desentendeu, teria dito no local que estava armado e que o caso seria resolvido com o pai do envolvido.

À noite, por volta das 19h50, a vítima recebeu uma mensagem no celular do pai do menino dizendo que ele iria ressarcir a honra do filho e que a vítima deveria acionar os advogados porque ele tomaria as providências cabíveis.

Mais tarde, por volta das 23h30, uma pessoa disparou vários tiros em frente a casa da vítima. Os tiros acertaram o muro da residência. No local foram encontrados sete estojos de pistola calibre 380.

O caso foi registrado como ameaça e disparo de fogo na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro. A Polícia Civil vai investigar o atentado.

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