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Capital

A despedida de Matheus, que guerreou com a leucemia por 4 anos

Matheus, de 7 anos, apresentou infecção generalizada na noite deste sábado e não resistiu.

Anahi Gurgel | 03/12/2017 16:14
Matheus, de boné, no colo da mãe Ruth, durante tratamento no HU, em outubro. (Foto: Marcos Ermínio)
Matheus, de boné, no colo da mãe Ruth, durante tratamento no HU, em outubro. (Foto: Marcos Ermínio)

Na luta contra a leucemia há mais de 4 anos, o pequeno Matheus, de 7, não resistiu às complicações da doença e faleceu na noite deste sábado (02), no Hospital Universitário, em Campo Grande. A morte foi registrada às 22h, em decorrência de infecção generalizada.

“Ele foi ficando mais fraquinho, pegou infecção no estômago e precisou ser entubado. Os médicos tentaram reanimar, mas ele não resistiu”, disse o pai, Arnaldo Candelária, 34.

“Ontem mesmo a médica disse para minha esposa que a situação era muito grave. Estamos sem chão”, desabafou Arnaldo.

O garoto foi diagnosticado com leucemia desde os 3 anos, passando a infância inteira em guerra contra a doença. Ele até havia perdido parcialmente a visão. No ano passado, os médicos comunicaram a cura, mas a doença voltou e ele teve que retomar a quimioterapia em janeiro de 2017.

O caso de Matheus foi publicado em reportagem no dia 3 de novembro. Quem contou a história de dele foi Márcia Fernandes Macedo, 36, amiga da família. Ela conheceu o garoto e a mãe dele, Ruth Vargas Bezerra, 32, no Hospital de Câncer Alfredo Abrão, durante as sessões de quimioterapia do filho dela, Calebe, de 5 anos, também diagnosticado com leucemia.

As mães revelam que apesar da infância sofrida, a amizade fortaleceu os dois guerreiros, ajudando os meninos a manter a alegria de ser criança.

Ruth e o filho, Matheus, ao lado de Calebe e a mãe, Márcia, durante tratamento no Hospital Universitário, em Campo Grande. (Foto: Marcos Ermínio)
Ruth e o filho, Matheus, ao lado de Calebe e a mãe, Márcia, durante tratamento no Hospital Universitário, em Campo Grande. (Foto: Marcos Ermínio)

Foi Márcia quem decidiu ir às redes sociais e procurar a imprensa para sensibilizar as pessoas a se incluírem no Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea).

“Precisávamos encontrar um doador para o Matheus, porque no dia 26 de outubro o médico comunicou que ele precisaria de um transplante de medula”, explica Márcia.

O garoto foi velado na Pax União, na região central da cidade, e será sepultado nesta tarde no Cemitério Santo Amaro.

Doação de medula – Quando o paciente não tem um doador compatível na família, a equipe médica apela para o banco de dados do Redome.

No Estado, a inclusão pode ser feita nos bancos de coleta de sangue. Em Campo Grande, o principal ponto de cadastramento é o Hemosul (Centro Hematologia Hemoterapia de Mato Grosso do Sul), que fica na avenida Fernando Corrêa da Costa, 1.304, e atende pelo 3312-1500.

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