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Capital

Acusado de esconder arma usada em homicídio tem processo suspenso por 2 anos

Alexandre Pereira Marimoto foi executado por vingança em agosto de 2022, no bairro Aero Rancho

Por Ana Paula Chuva | 15/11/2025 07:51
Acusado de esconder arma usada em homicídio tem processo suspenso por 2 anos
Jânio sentado no banco dos réus durante julgamento (Foto: Geniffer Valeriano)

O Tribunal do Júri de Campo Grande suspendeu, por dois anos, o processo contra Jânio Vinicius Bueno dos Santos, acusado de esconder a arma usada no assassinato de Alexandre Pereira Marimoto, morto a tiros em agosto de 2022, no bairro Aero Rancho. A decisão foi publicada em plenário nesta sexta-feira (14).

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O Tribunal do Júri de Campo Grande suspendeu por dois anos o processo contra Jânio Vinicius Bueno dos Santos, acusado de esconder a arma utilizada no assassinato de Alexandre Pereira Marimoto, ocorrido em agosto de 2022 no bairro Aero Rancho. Durante o julgamento, os jurados desclassificaram a acusação para favorecimento pessoal e posse ilegal de arma. Jânio deverá comparecer mensalmente à Justiça e cumprir outras condições impostas. Os autores do homicídio, Lucas Vinicius e Eryson Breno, já foram condenados em outro processo.

Conforme a sentença, Jânio não participou diretamente do homicídio, mas chegou ao local logo depois e enterrou a pistola calibre .380 usada na execução, escondendo o armamento no quintal da casa da avó. A arma havia sido utilizada por Lucas Vinicius Martins da Silva e Eryson Breno Souza Vasques, que já foram julgados e condenados por homicídio em outro processo.

Durante o julgamento, os jurados desclassificaram a acusação contra Jânio para favorecimento pessoal e posse ilegal de arma, afastando a denúncia de homicídio. Como as penas mínimas dos crimes não chegam a dois anos, o Ministério Público propôs a suspensão condicional do processo, e o réu aceitou.

No período da suspensão, ele deverá comparecer mensalmente à Justiça, não pode sair da comarca por mais de oito dias sem autorização e terá de cumprir todas as condições impostas, sob pena de perder o benefício.

A sentença determina ainda que, com o trânsito em julgado, sejam feitas comunicações a órgãos como TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) e Polícia Federal, além do envio da Carta de Guia à Vara de Execução Penal.

Acusado de esconder arma usada em homicídio tem processo suspenso por 2 anos
Corpo de Alexandre em frente ao campo de futebol no Aero Rancho (Foto: Arquivo | Paulo Francis)

Crime - Alexandre foi morto a tiros em 24 de agosto de 2022. O rapaz estava sentado em uma cadeira em frente a um campo de futebol na Rua Gérbera, Bairro Aero Rancho, quando dois homens chegaram atirando. Os suspeitos estavam em uma motocicleta.

Conforme a PM (Polícia Militar), o rapaz estava sentado quando viu a dupla em uma motocicleta virando a esquina. Ele se levantou e tentou correr, mas os dois já começaram a efetuar diversos disparos.

Alexandre foi atingido por quatro tiros e morreu antes mesmo do socorro chegar. Equipe do GOI (Grupo de Operações e Investigações) fez diligências na região para encontrar os autores. A vítima tinha passagem por roubo.

No dia seguinte, três suspeitos foram presos pelo crime: Lucas Vinicius Martins da Silva e Erysson Breno Souza Vasques – o condutor da motocicleta e o atirador, respectivamente – e Jânio, responsável por enterrar a arma usada no homicídio. Eles foram capturados por policiais do GOI e da 5ª Delegacia de Polícia Civil.

Erysson morreu em confronto com a equipe do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) no dia 19 de junho deste ano, mas em abril ele passou por julgamento e havia sido condenado a 10 anos e seis meses pelo assassinato de Alexandre. Já Lucas foi sentenciado a 15 anos e seis meses pelo crime.

Alvo de atentado – Em 14 de março de 2023, dois homens foram feridos a tiros, e a informação preliminar era de que os dois atiradores se aproximaram de motocicleta e dispararam, pelo menos, 20 vezes.

Os dois homens foram emboscados na Rua Acauã, no fim da manhã. O alvo era Jânio, conhecido como "Playboy", que conseguiu correr cerca de 300 metros e caiu na Rua Imburus, atingido por tiros na cabeça, tórax e abdômen.  O outro homem, que o acompanhava, identificado apenas com o apelido de “Buginho”, foi atingido em uma das pernas.

“Playboy” foi atendido por uma unidade avançada do Corpo de Bombeiros. Foi estabilizado no local para ser levado à Santa Casa de Campo Grande. Ele está em estado grave, e a família proibiu que a assessoria de imprensa do hospital repasse detalhes sobre seu estado de saúde.

“Buginho” foi socorrido por uma ambulância do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

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Bombeiro olhando objetos e mancha de sangue no chão onde houve atentado (Foto: Arquivo | Marcos Maluf)