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Capital

Advogada de motorista que atropelou "Zé Bonitinho" alega fatalidade

A defesa disse que a cliente não percebeu que havia uma pessoa na via devido à baixa visibilidade

Por Bruna Marques e Clara Farias | 30/09/2025 09:57


RESUMO

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A advogada Étila Guedes, defensora da motorista que atropelou Enéias Rodrigues Ferreira, conhecido como "Zé Bonitinho", alega que o incidente foi uma fatalidade. O atropelamento ocorreu na madrugada de sábado, na Rua Edimundo de Almeida, quando a motorista, que trabalhava para o Uber, não teria percebido a presença da vítima na via. Câmeras de segurança registraram o momento em que Ferreira, sentado na rua, foi atingido por um Fiat Uno. A vítima foi socorrida à Santa Casa, mas não resistiu após sofrer parada cardiorrespiratória. A Polícia Civil investiga o caso e o veículo será periciado na 7ª Delegacia de Polícia.

A advogada Étila Guedes, responsável pela defesa da motorista envolvida no atropelamento de Enéias Rodrigues Ferreira, de 47 anos, conhecido como “Zé Bonitinho”, afirmou que o episódio foi uma fatalidade.

“Minha cliente saiu para trabalhar e havia acabado de finalizar uma corrida no aplicativo e jamais imaginaria que teria um ser humano ali, no meio da rua”, disse a advogada, ressaltando que a vítima apresentava histórico de problemas de saúde, incluindo meningite e uso severo de álcool. “Tudo isso contribuiu para a fatalidade porque ele estava desassistido e vulnerável.”

O atropelamento ocorreu na madrugada de sábado (27) na Rua Edmundo de Almeida, no Portal do Panamá. Segundo a nota dos escritórios Mariano & Scharf e Guedes & Romanosque, a motorista não percebeu imediatamente que havia uma pessoa na via devido à baixa visibilidade. O fato só foi confirmado após o retorno do esposo dela ao local, quando populares já prestavam socorro à vítima.

Enéias Rodrigues foi levado à Santa Casa, sofreu parada cardiorrespiratória e não resistiu. Câmeras de segurança registraram toda a ação: é possível ver a vítima sentada na rua, sendo atingida pelo Fiat Uno, cujo motorista reduziu a velocidade, mas não prestou socorro, deixando o local logo em seguida.

Conforme determinação do delegado Camilo Kettenhuber, o carro da motorista foi encaminhado à 7ª Delegacia de Polícia nesta manhã, onde passou por perícia. Posteriormente, a condutora será intimada para prestar esclarecimentos.

Advogada de motorista que atropelou "Zé Bonitinho" alega fatalidade
Advogadas e delegado acompanhando perícia no veículo (Foto: Clara Farias)

O delegado Camilo explicou detalhes do andamento da investigação: “Depois que o veículo foi periciado, já não há mais interesse em materializar os vestígios constatados na perícia. Esse veículo é locado, então será restituído à locadora. E a gente segue na apuração.”

Questionado sobre o estado do carro, o delegado complementou: “Vimos um carro um pouco antigo, com desgaste natural do tempo. O farol dianteiro direito está mais desgastado do que o esquerdo, mas ambos funcionam normalmente. Esses detalhes são importantes para, no final, termos uma conclusão sobre o que de fato levou ao atropelamento: se foi falta de atenção ou outra causa.”

Advogada de motorista que atropelou "Zé Bonitinho" alega fatalidade
Enéias Rodrigues Ferreira, conhecido no Bairro Zé Pereira (Foto: Divulgação)

Sobre a condutora, Kettenhuber disse que ela está à disposição: “A autora está à disposição para se apresentar. Optei por instruir um pouco mais o procedimento para, somente depois, com mais elementos em mãos, fazer a oitiva dela e também alguns contrapontos para poder fechar a investigação.”

Guedes destacou que sua cliente está profundamente abalada e tem colaborado espontaneamente com as autoridades, manifestando respeito e solidariedade à família da vítima. “Estamos fazendo toda a nossa parte jurídica, dando apoio necessário à nossa cliente e contribuindo para a justiça”, concluiu a advogada.

Confusão: No dia do fato, enquanto a irmã da vítima registrava boletim de ocorrência, outro irmão localizou, próximo ao local do fato, um Fiat Mobi branco com sinais de dano na lateral dianteira direita, abaixo do farol, que havia sido retirado do ponto em que estava estacionado no início da manhã.

Após receber a informação, investigadores da Polícia Civil foram ao endereço onde o carro estava, no mesmo bairro em que a vítima foi atropelada. Em contato com a proprietária do veículo, os policiais foram informados de que o automóvel havia sido cedido ao sócio de seu filho, pois ele trabalha como motorista por aplicativo.

Os policiais ligaram para o homem, e ele informou que estava trabalhando como motorista por aplicativo e que havia parado o carro no bairro Jardim Imá. Atendeu de imediato à equipe plantonista, apresentando sua CNH (Carteira Nacional de Habilitação) digital e o comprovante de que, no horário dos fatos, ele estava trabalhando com o veículo. Esclareceu que o veículo estava estacionado próximo ao local dos fatos, pois mora em frente, e negou ter se envolvido em qualquer tipo de acidente ou ter emprestado o veículo a alguém.

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