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Capital

Agente penal que matou pedreiro em show é absolvido pela segunda vez

Autor do disparo foi absolvido durante júri em 2019, mas família recorreu e conseguiu novo julgamento

Gustavo Bonotto | 07/02/2023 20:25
Agente penal que matou pedreiro em show é absolvido pela segunda vez
Adilson foi morto após desentendimento com Joseilton, em 2017. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

O agente penal Joseilton de Souza Cardoso, de 42 anos, foi absolvido pela segunda vez após ser acusado de matar a tiros o pedreiro Adilson Silva Ferreira do Santos, de 23, em setembro de 2017 durante o show de Henrique e Juliano no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês, em Campo Grande. A sentença foi divulgada no início da noite desta terça-feira (7).

De acordo com os autos, o juiz presidente do 1º Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete de Almeida, qualificou a defesa de que Joseilton disparou contra a vítima em legítima defesa. Diante do resultado da sessão, todas as medidas cautelares aplicadas contra o agente penal foram revogadas. Joseilton respondia o processo em liberdade provisória desde outubro de 2017. Na época, a Justiça considerou que o agente possuía residência fixa, trabalho lícito e bons antecedentes criminais.

O crime aconteceu no camarote do show de Henrique e Juliano, realizado no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês, no dia 24 de setembro de 2017. Adilson foi assassinado com um tiro no peito, Joseilton foi preso em flagrante logo depois, e disse que agiu em legítima defesa. A pistola .40 usada por ele foi apreendida.

Joseilton foi absolvido durante júri em agosto de 2019, mas a família recorreu e conseguiu novo julgamento, que aconteceu em junho de 2022. Após confusão e gritaria acabou sendo suspenso e foi remarcado para esta terça-feira, 7 de fevereiro.

Agente penal que matou pedreiro em show é absolvido pela segunda vez
Agente penal mostra como apontou arma, durante seu primeiro júri. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Em entrevista ao Campo Grande News, Marlene de Souza Silva, 48, esperava que o agente penal fosse condenado pela morte do filho. "Se ele for condenado não vai trazer meu filho de volta, mas estou confiando que Deus toque o coração dos jurados e do juiz para eles darem um veredito em favor da vítima", pontuou.

A mãe revelou que quando viajou à Capital, o filho deixou a companheira em Santa Catarina, grávida de sete meses. Hoje, a criança tem 5 anos. "Não conheceu o pai, não deu tempo dele voltar", lamentou.

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