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Capital

Amarrada em árvore, mulher foi sequestrada e torturada pela enteada

Suspeita do crime queria se vingar do pai, esposo da vítima

Kerolyn Araújo e Clayton Neves | 29/10/2019 10:49
Vítima estava amarrada em uma árvore. (Foto: Reprodução)
Vítima estava amarrada em uma árvore. (Foto: Reprodução)

Mulher de 44 anos encontrada amarrada em uma árvore na tarde de ontem (28) em área de mata em Anhanduí, distrito distante a 55 quilômetros de Campo Grande, foi sequestrada e torturada pela própria enteada, Kelin Machado Lopes, 28 anos. O motivo do crime seria uma vingança contra o pai.

Segundo informações do boletim de ocorrência, o marido da vítima, caminhoneiro de 59 anos, contou à polícia que Kelin é filha do primeiro casamento, mas ele perdeu o contato com ela e a outra filha em 1999. Há um ano, as duas voltaram a ter contato com o pai por meio do WhatsApp.

Depois de algumas conversas, Kelin e a irmã começaram a ser ríspidas e xingá-lo sem motivo. Então, o homem bloqueou as duas do aplicativo.

Há semanas atrás, o caminhoneiro recebeu mensagem de Kelin dizendo que a esposa e os filhos seriam mortos porque ele teria 'dedurado' um amigo traficante da jovem, que morreu em confronto com a polícia no mês de setembro. O pai da suspeita nega a acusação.

No dia 19 deste mês, o caminheiro acordou e viu que o veículo, estacionado em frente à casa onde mora, estava pichado com a frase ''PCC Kelly''. Por volta das 13h10 de ontem, ele recebeu mensagem da filha, enviada do celular da esposa, dizendo que havia sequestrado a madrasta e que a mataria.

Ao Campo Grande News, o comandante Jair Viana, chefe da divisão do GPI (Grupo de Pronta Intervenção) da Guarda Municipal, contou que o marido da vítima procurou a base em Anhanduí e denunciou o caso.

Comandante Jair Viana atendeu a ocorrência em Anhanduí.(Foto: Henrique Kawaminami)
Comandante Jair Viana atendeu a ocorrência em Anhanduí.(Foto: Henrique Kawaminami)

Durante as buscas, o marido recebeu mensagem da mulher dizendo que estava sozinha amarrada em uma árvore. Ela foi encontrada bastante ferida em uma mata. No tronco os criminosos ainda teriam deixado o mesmo símbolo pichado no veículo do caminhoneiro, possivelmente ligado ao PCC (Primeiro Comando da Capital).

De acordo com o comandante, a todo o momento que permaneceu com a vítima, o grupo ameaçava matá-la, dizendo que seria seu último dia de vida.

A suspeita foi localizada em uma casa no bairro Moreninha e negou as acusações, apresentando comportamento ''tranquilo'' e ''frio'', conforme a Guarda.

O caso - Aos agentes a vítima informou duas mulheres em um homem a colocaram em uma camionete e levaram até o local onde foi torturada. Kelin foi reconhecida e, ainda segundo relatos da mulher, ao sair do local do cativeiro, a suspeita disse que voltaria para matá-la.

Os outros membros da quadrilha não foram localizados.

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