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Capital

Ambulantes loteiam espaço de vendas no Carnaval e Semadur “põe ordem”

Vendedores haviam demarcado espaço e foram realocados para pontos longe da festa

Guilherme Henri e Kleber Clajus | 09/02/2018 16:47
Guardas municipais e agentes da Semadur removendo ambulante (Foto: Saul Schramm)
Guardas municipais e agentes da Semadur removendo ambulante (Foto: Saul Schramm)

As vésperas do Carnaval, vendedores ambulantes ficaram frustrados depois que equipes da prefeitura retiraram nesta sexta-feira estruturas para vendas já montadas na rua 14 de Julho, perto da Esplanada Ferrovária, que se tornou ponto de concentração dos blocos carnavalescos. Diferente dos anos anteriores, os ambulantes não poderão vender nada no trecho e foram realocados para pontos, que a maioria reclama serem longe da folia e dos lucros.

Eles já haviam demarcado o espaço onde cada um ficaria quando pela manhã equipes da Semadur (Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) começaram a remoção sob pena de multa e apreensão dos produtos.

Segundo a ambulante Maria José Gomes, 56 anos, é difícil encontrar outro ponto para colocar o trailer de acarajé dela. Por isso, este ano ela venderá os acarajés entre a Mato Grosso e a Calógeras. “Ficamos aqui por misericórdia”, lamenta.

Agentes da Semadur durante ação nesta tarde (Foto: Saul Schramm)
Agentes da Semadur durante ação nesta tarde (Foto: Saul Schramm)
Guardas e agentes permaneceram no local para garantir ordem (Foto: Saul Schramm)
Guardas e agentes permaneceram no local para garantir ordem (Foto: Saul Schramm)

O ambulante Gilzete Barbosa, 51 anos, acredita que os vendedores foram colocados a um quilômetro de distância da festa. “O prefeito podia mandar um assessor mas, não escorraçar a gente”, diz.

Opinião compartilhada por Cosme José Vieira, 58 anos. Ele conta que trabalha como ambulante há mais de 20 anos e hoje viu o filho ser escoltado por policiais e agentes sob ameaça de que se não deixassem o local eles seriam multados.

Conformado, Alexandre Silva Filho, 40 anos, diz que o que restou foi respeitar a opinião da Semadur e quem sabe depois organizar os ambulantes não organizem a própria festa. “Aí podemos ganhar algum dinheirinho e também nos divertir”.

Já a moradora Diana Valensuela, 29 anos, explica que os ambulantes de fato sempre venderam os produtos na 14 de Julho, porém no ano passado “deu confusão”. “Acho melhor assim porque tem menos confusão e as pessoas também precisam aprender a respeitar o fim do horário do fim da festa”.

Prefeitura - Em nota, a Semadur explicou que nos locais onde ocorrerão os desfiles das escolas de samba, cordões e blocos só será permitida comercialização de bebidas e comidas por comerciantes autorizados, que deverão apresentar alvará de localização e funcionamento para o local. Segundo a Secretaria, a medida "evitará que ocorram problemas na comercialização em locais não apropriados".

Uma das preocupações, afirma o órgão, é a venda de bebidas alcoólicas a menores de idade. Conforme informado, no desfile das escolas de samba, a parceria da liga responsável é com as a associação dos bares e restaurantes de Campo Grande. Nos blocos independentes, conforme a Semadur, cada um ficou responsável por fechar parceria para comercialização com o seu patrocinador.

De acordo com a Secretaria, só será permitida comercialização por vendedores ambulantes em área fora do perímetro delimitado para festa. Não é permitida instalação de equipamentos, tipo barracas. Só serão autorizados equipamentos portáteis e desmontáveis.

A Semadur informou que oito fiscais estarão distribuídos próximo a festa para fazer a fiscalização nos dias de festa. 

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