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Capital

Antes de assassinar bebê afogado, pai já havia tentado matar o filho

Segundo o Ministério Público, sete dias antes de assassinar Miguel, o pai já havia tentando matar o filho o arremessando no chão

Viviane Oliveira | 05/02/2020 08:21
Evaldo chegando ao Fórum na 1ª audiência sobre o caso no dia 9 de dezembro do ano passado (Foto: Kisie Aionã)
Evaldo chegando ao Fórum na 1ª audiência sobre o caso no dia 9 de dezembro do ano passado (Foto: Kisie Aionã)

Réu confesso pela morte do filho Miguel Henrique, de 2 anos, no dia 19 setembro do ano passado, Evaldo Christian Dias Zenteno, 21 anos, já havia tentando matar o bebê o arremessando no chão, segundo a nova denúncia do MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) protocolada ao processo no último dia 3. O rapaz já responde por homicídio triplamente qualificado.

Conforme o órgão, uma testemunha contou em audiência de custódia realizada em dezembro do ano passado que, sete dias antes de matar o filho afogado numa bacia para se vingar da ex-mulher, Thayelle Cristina Bogado dos Reis, 21 anos, mãe da criança, o acusado havia tentado matar Miguel o arremessando no chão.

Por causa da pancada, o menino chegou a perder a consciência e foi socorrido para uma unidade de saúde receber atendimento médico. O fato aconteceu na casa do pai dele, em Aquidauana. Segundo a denúncia, o réu agiu por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.

Caso - No dia 9 de dezembro do ano passado, na primeira audiência sobre o caso, seis testemunhas de acusação foram ouvidas pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, pelo Ministério Público Estadual e pela defesa de Evaldo. Na ocasião, Thayelle contou ao juiz que namorou com o réu por três meses antes de casar com ele. Estavam juntos há três anos quando ela resolver se separar e voltar a morar em Aquidauana com a família.

Nos meses longe, Evaldo nunca aceitou o fim do relacionamento e se mostrou possessivo. Ligava diariamente, mandava mensagens pedindo para voltar e até tentava beijar e abraçar a ex-mulher quando se encontrava com ela. Mas como pai, fazia questão de estar perto do filho e se dizia sempre preocupado com o ele.

Crime - Evaldo foi preso depois de levar o filho já morto para a Santa Casa de Campo Grande. Em um primeiro momento afirmou que o menino havia sido jogado em um córrego durante um assalto e por isso a Polícia Militar foi chamada. 

Após desmentir a história do assalto, Evaldo alegou que foi orientado por um amigo a tirar a vida do próprio filho para de vingar da ex-mulher, mãe da criança. Ele chegou a levar a polícia até a casa do suspeito, mas no local os as equipes descobriram que Evaldo estava novamente mentindo. Diante da situação, acabou confessando ter cometido o crime sozinho.

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