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Capital

Apesar do fechamento do HU, UPA do Universitário segue com movimento normal

Ricardo Campos Jr. | 11/03/2017 18:20

Mesmo com o pronto socorro do HU (Hospital Universitário) fechado, o movimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Universitário não sofreu aumento neste sábado (11). A unidade é a mais próxima da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

Durante a tarde, a sala de espera estava cheia, mas não alcançava a superlotação. Segundo pacientes, a triagem estava sendo feita rapidamente, mas a consulta era mais lenta por só haver um plantonista no local.

A dona de casa Neide da Silva, 44 anos, desistiu de esperar atendimento para o filho porque sabia que iria demorar. “Tem algumas pessoas que estão esperando desde as 13h porque só há um clínico-geral”, explica.

O motorista Rodrigo Barbosa, 35 anos, ficou esperando duas horas até ver o filho atendido. O garoto está com crise alérgica e está internado na unidade. “Já está sendo medicado”, comenta.

Problemas - O HU suspendeu às 17h desta sexta-feira (10) a chegada de novos pacientes no PAM (Pronto Atendimento Médico) do local alegando falta de recursos. Além disso, a direção promete que se o problema não for solucionado neste fim de semana, mais atendimentos serão suspensos.

A unidade passou a ser opção para desafogar a Santa Casa no começo do ano, com a posse de Marquinhos Trad (PSD) como prefeito. Entretanto, ainda não foi firmado um novo convênio entre HU e prefeitura para garantir mais recursos ao local.

Na segunda-feira (6), ofícios foram enviados pela superintendente do HU, Andréia Antoniolli, para a Sesau, SES (Secretaria Estadual de Saúde), MPE (Ministério Público Estadual), MPF (Ministério Público Federal) e CRM (Conselho Regional de Medicina) avisando sobre tal possibilidade de fechamento do PAM caso não houvesse uma solução.

Segundo o HU, o valor repassado é o mesmo há 10 anos, sem nenhuma alteração. Neste ano, os recursos destinados foram R$ 4,3 milhões, referentes a dezembro do ano passado e janeiro de 2017.

Em contato com a assessoria da Sesau, foi informado que tal notícia dada pelo HU, já no fim da tarde, foi recebida com estranheza, por se tratar de uma atitude "intempestiva por parte do Hospital Universitário". Ainda segundo a nota, todos os setores da prefeitura passam por dificuldades, o que não é diferente com a saúde pública.

"No entanto, em nenhum momento cogitou parar ou suspender os serviços prestados à população. De forma séria e responsável, a atual gestão tem dialogado com a instituição periodicamente a fim de encontrar caminhos, através de dispositivos legais, para assegurar o que lhe é de direito", rebate a prefeitura, afirmando também que o convênio vigente está sendo pago.

"A prefeitura entende que o hospital tem direito de reivindicar o que lhe é de direito, mas desde que isso não prejudique a população, haja vista que, como dito, as negociações estão ocorrendo", completa.

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