Asfalto não passa na prova da chuva e "crateras" se espalham por ruas
Com a volta do período das chuvas, o asfalto de Campo Grande, mais uma vez, não passou na prova de fogo e bastaram as primeiras gotas mais fortes para os buracos se espalharem pelas vias da Capital. O resultado são transtornos e prejuízos aos motoristas.
Da noite de segunda-feira (21) para hoje, um buraco de pelo menos um metro de largura surgiu na Rua Antônio Maria Coelho, quase esquina com a Rua Paraíba, no Jardim dos Estados, e, apenas durante o período da manhã, dois carros caíram e precisaram de apoio para se livrar da armadilha.
O buraco se formou na faixa do estacionamento do Ceon (Centro Especializado em Oncologia). “Só pode ser resultado da chuva dessa madrugada”, comentou a atendente Luciene Dias.
No Bairro Jardim Paulista, bem no meio da Rua Pedro Davi de Medeiros, esquina com a Rua Senador Ponci de Arruda, há pelo menos três semanas, uma cratera de mais de um metro de diâmetro vem causando transtornos aos moradores da região.
“Como a rua é uma descida, sempre que o período de chuva chega, a água se acumula e abre vários buracos”, disse o aposentado Sérgio Vera Rodrigues, 67, que mora há 15 anos no bairro. Segundo ele, há quatro dias a prefeitura fechou alguns buracos na rua, mas esqueceu de tampar a cratera.
Condutor de motocicleta, o militar Cleber Rosa de Lima, 23, circula com temor pelas vias do bairro. “Hoje de manhã, a água se acumulou na cratera e não era possível ter noção da dimensão que ela atingiu”, explicou. “Para piorar a nossa situação, a prefeitura demora demais para fechar os buracos”, completou.
Outro ponto crítico é a Avenida Guaicurus, na saída para São Paulo. “É um perigo enorme, principalmente à noite, que é mais difícil enxergar. A gente tem que prestar atenção no chão, no trânsito, na sinalização, um verdadeiro malabarismo”, relatou o operador de máquinas Ademir de Sousa, 34.
Diante dos buracos, moradores vêm acumulando prejuízos. “A suspensão do carro vai para o pau, tem que mandar para a oficina direto. Na última vez que levei para revisão, a brincadeira me custou R$ 600. Disso aí, calcula suspensão, alinhamento, balanceamento, tudo que estraga com esses baques no asfalto", contou o autônomo Ivan Coelho, 37 anos.
A reportagem tentou entrar em contato com a secretaria municipal de Infraestrutura e Transporte, mas o responsável pela pasta, Semy Ferraz, não atendeu as ligações para relatar as ações da administração no sentido de minimizar os transtornos à população.
