Bairro "desaparece" encoberto por fumaça após incêndio em área do aeroporto
Fogo tomou conta de seção contra incêndio da Infraero, bombeiros fazem combate preventivo às chamas
A região do Aeroporto Internacional de Campo Grande está tomada pela fumaça do incêndio em matagal que acontece, desde às 15h deste sábado (6). O bairro Nova Campo Grande, o mais próximo da região, "desapareceu" e é o que mais está sofrendo com a fumaça.
"A casa tá horrível não dá nem pra abrir o olho. Começou lá do outro lado, mas não conseguiram conter. Na semana passada queimou também, mas conseguiram apagar, hoje não tá dando certo", contou a dona de casa Janeci Maria da Silva, de 59 anos.
Vista de longe, a fumaça muda de direção a todo momento, por conta dos ventos na região, dificultando a vida dos moradores e o combate às chamas. Segundo o Corpo de Bombeiros, o serviço neste momento é de combate preventivo.
Com o vento forte e as grandes proporções das chamas, apagar o fogo é complicado, por isso os militares estão molhando a área em volta ao incêndio, como prevenção. Ao chegar na parte molhada, as chamas apagam ou diminuem significativamente.
De grande proporção, a fumaça do incêndio é vista até mesmo em bairros distantes da região do Aeroporto, como mostra a imagem enviada pela leitora Bárbara de Melo, que está no bairro São Francisco e consegue enxergar os vestígios do incêndio.
Para a manicure Valdelice Claudino Silva, de 51 anos, a fumaça está insuportável. "Nunca vi um incêndio desse jeito aqui. Já teve outros, mas não dessa forma. Minha casa tá preta de fuligem. Suja, suja. Vou ter de esperar meu marido chegar para me ajudar a limpar e só passar pano não vai dar jeito", desabafou a moradora.
"Tá muito difícil passar ali por conta da fumaça, os olhos ficaram ardendo", disse Marcos Moura, de 50 anos, que é pedreiro e estava voltando para casa após o trabalho pela Avenida Wilson Paes de Barros.
Ruas e campos estão tomados pela fuligem da queimada. A fumaça, em alguns momentos, chega a tampar a torre de controle do aeroporto da Capital.
Mesmo assim, segundo a Infraero o problema não alterou em nada pouso, decolagem ou funcionamento do Aeroporto Internacional de Campo Grande.
Confira abaixo o depoimento do repórter Marcos Rivany, que foi ao local: