Bandidos levam alimentos de Ceinf, pela terceira vez
Prédio abandonado nos fundos causa medo em funcionários e moradores
Pela terceira vez em cerca de quatro meses, as 130 crianças do Ceinf (Centro de Educação Infantil) Pedacinho do Céu tiveram de ser dispensadas porque não tinha comida para o lanche e almoço.
Os alimentos que serviriam as refeições de todo o mês foram furtados durante a madrugada. Na semana passada, parte dos alimentos já tinham sido levados, mas as crianças continuaram a ser atendidas com cardápio diferenciado. Macarrão e ovo eram os ingredientes principais do almoço.
O primeiro furto aconteceu há cerca de quatro meses. Em todas as ações, os ladrões pularam o muro, conseguiram abrir a porta da dispensa e levaram os alimentos.
Desta vez, a ação foi ainda mais audaciosa. Além da comida, os bandidos ainda arrombaram a secretaria para levar uma impressora, um DVD e R$ 48, que tinham sido arrecadados em ações. Até o chinelo de uma funcionária foi furtado.
“Cheguei para trabalhar e não tinha comida na dispensa, levaram tudo. Até meu chinelo levaram, fiquei descalça”, conta a cozinheira Cicera Gimenez, de 37 anos.
Foram levados pacotes de macarrão, frango, carne em pedaços, carne moída, feijão, óleo e produtos de limpeza.
Parte dos produtos furtados foi encontrada pela Polícia em uma casa do bairro. O caso foi registrado na Derf (Delegacia Especializada em Roubos e Furtos).
De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura, amanhã haverá aula normalmente no Ceinf. Ainda conforme o órgão, a diretora da instituição conseguiu alimento para fazer a merenda e também já solicitou a troca da fechadura no local.
Insegurança – O Ceinf só conta com vigia durante a noite e ainda assim o trabalho é feito apenas dia sim e dia não. Como o prédio é antigo, a estrutura também não oferece segurança.
Para praticar todos os furtos, as funcionárias do Ceinf afirmam que os bandidos entraram pelo prédio vizinho que está abandonado.
“Esse prédio está abandonado há anos e é um perigo pra gente, fica bem do lado”, diz.
O prédio abandonado é motivo de insegurança para os moradores também. “Já peguei várias pessoas aí dentro. Entram para usar drogas, ficar escondido e até casal de adolescente para namorar”, diz o morador Alexandro Santos, de 26 anos.
