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Capital

Bar "premiava" cliente com porção de cocaína na compra de salgado

Alan Diógenes | 27/05/2015 16:41
Chorando, filho traficante disse ser inocente e fazia transporte de fiéis para igreja. (Foto: Marcelo Calazans)
Chorando, filho traficante disse ser inocente e fazia transporte de fiéis para igreja. (Foto: Marcelo Calazans)
Pai e dono do bar confessou o crime e agia há 2 meses. (Foto: Marcelo Calazans)
Pai e dono do bar confessou o crime e agia há 2 meses. (Foto: Marcelo Calazans)
Ford EcoSport foi apreendido com a dupla. (Foto: Marcelo Calazans)
Ford EcoSport foi apreendido com a dupla. (Foto: Marcelo Calazans)

Policiais da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) prenderam pai e filho que utilizavam a fachada de um bar, no Bairro Universitário, em Campo Grande, para a venda de pasta base de cocaína. O que mais surpreendeu a equipe é que, conforme denúncias de moradores da região, “clientes” compravam um salgado no estabelecimento e ganhavam de “promoção” uma porção da droga.

De acordo com o delegado João Paulo Sartori, responsável pelo caso, os dois já tinham passagens pela polícia. Laurentino Duarte, 52 anos, já tinha sido preso duas vezes pelo tráfico de drogas, e Gilmar Santos Duarte, 33, tinha passagem pelo crime de homicídio. Ambos já haviam cumprido as penas.

“Várias denúncias da população deram conta de que na residência de Laurentino, localizada na Rua Itacuruçá, numeral 472, funcionava uma boca de fumo. Consta na denúncia que a pessoa ia lá comprar um salgado e ganhava uma porção da droga”, explicou Sartori.

Os policiais montaram campana durante uma semana próximo à casa e verificaram a grande movimentação no imóvel. Em abordagem, já no interior da residência, foram encontrados um veículo Ford EcoSport, de cor preta, placas de Campo Grande; R$ 4 mil; 100 gramas de pasta base de cocaína embaladas e guardadas em um frasco de remédio, 5 celulares e 2 balanças de precisão.

Segundo o delegado, com a droga daria para confeccionar 300 papelotes, que se vendidos, renderiam aos traficantes R$ 3 mil.

Gilmar que é motorista particular de ônibus escolar, casado e tem 2 filhos, disse que não tem nada a ver com o crime. “Eu cheguei na casa do meu pai na hora errada. Já não tinha mais nada em meu nome, estava nada consta. Podem perguntar para a pastora que ela vai confirmar que eu fazia o transporte dos fiéis para retiros”, mencionou chorando.

O pai Laurentino assumiu a culpa e disse que o filho não tem envolvimento no crime. Os dois seguem detidos na Denar para as providências cabíveis.

Celulares, balanças de precisão e porções de droga também foram apreendidos. (Foto: Marcelo Calazans)
Celulares, balanças de precisão e porções de droga também foram apreendidos. (Foto: Marcelo Calazans)
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