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Capital

Bernal anuncia 300 leitos para dengue na Dia D de combate à doença

Antonio Marques e Flávia Lima | 04/12/2015 10:15
Bernal foi vaiado ao ser anunciado em evento de combate à dengue (Foto: Fernando Antunes)
Bernal foi vaiado ao ser anunciado em evento de combate à dengue (Foto: Fernando Antunes)
Secretário de Saúde diz que 6,5 mil servidores estarão atuando diretamente no combate à dengue  (Foto: Fernando Antunes)
Secretário de Saúde diz que 6,5 mil servidores estarão atuando diretamente no combate à dengue (Foto: Fernando Antunes)

O prefeito Alcides Bernal (PP) declarou que a prefeitura está preparada para atender as vítimas de mais uma epidemia de dengue que atinge a Capital. Estão disponibilizados 300 leitos nas unidades básicas de saúde, incluindo as 60 camas do hospital de campanha do Exército. Em novembro as notificações da doença aumentaram 190% em relação ao mês de outubro. Foram notificados 881 casos no mês passado contra 303 no mês anterior.

As declarações do prefeito foram feitas durante o lançamento do Dia D Municipal de Combate à Dengue, ocorrida hoje de manhã no Mercadão Municipal. Ao ser anunciado, Bernal foi vaiado por parte dos cerca de 2 mil agentes de saúde que participavam do evento.

É a segunda vez que a gestão de Bernal enfrenta epidemia da doença na Capital. Em 2013, quando assumiu a prefeitura, foram registradas 48 mil notificações, sendo que 42 mil pessoas foram tratadas nas unidades básicas de saúde. “Naquela época tínhamos apenas 700 agentes de saúde atuando no combate ao mosquito, agora são 2,5 mil agentes”, declarou Bernal.

O mais grave dessa vez é que o mosquito Aedes aegypti também é responsável pela transmissão do Zika vírus e o Chikungunya. O secretário municipal de Saúde, Ivandro Correa Fonseca, disse que já foram notificados 34 casos de Zika vírus e 64 de Chikungunya na Capital.

Conforme o prefeito, a município investiu R$ 5,5 milhões, sendo R$ 2 milhões para compra de veículos para atuarem no combate ao mosquito transmissor, na aplicação do fumacê e no transporte dos agentes de saúde nas quatro regiões sanitárias da Capital. Dos 60 veículos, 30 são novos e 10 vão rodar nos bairros de maior notificações de casos da doença com o equipamento de fumacê.

Segundo Ivandro Fonseca, 6,5 mil servidores estarão atuando diretamente no combate à dengue em Campo Grande, sendo 2,5 mil agentes de saúde percorrendo os bairros para combater os focos do mosquito. “Temos mais 700 servidores sendo capacitados para atuar nessa frente”, ressaltou.

O secretário de Saúde disse que está aumentando em 40% o efetivo de servidores nas unidades básicas de saúde, com pagamento de plantões para auxiliares, técnicos de enfermagem e médicos realizarem o atendimento as pessoas com os sintomas da doença. “Nossa preocupação é a hidratação e o repouso dos pacientes no primeiro atendimento”, informou, acrescentando que somente os casos de dengue hemorrágicas serão direcionados a rede hospitalar.

Para Ivandro Fonseca, com os 300 leitos disponíveis nas unidades de saúde da Capital, incluindo os 60 do hospital de campana do Exército, ele quer reduzir ao máximo o uso dos 4 mil leitos da rede hospitalar de Campo Grande.

Imóveis fechados – Bernal disse que encaminhou pedido de autorização ao Tribunal de Justiça para que os agentes de saúde possam entrar nos 2 mil imóveis fechados na Capital. Conforme o prefeito, saindo o alvará judicial, os agentes iniciam imediatamente o trabalho de combate ao foco do mosquito nestes locais.

Bernal disse que a prefeitura vai multar os donos das residências que dificultarem a entrada dos agentes de saúde conforme previsto na lei. A multa varia de R$ 100,00 a R$ 15 mil. Nestes casos, junto com os agentes de saúde vão atuar a Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista), a vigilância sanitária e os fiscais da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano). “Vamos trabalhar nos quatro distritos sanitários que atendem todas as regiões da Capital”, afirmou Bernal.

Ao final do evento no Mercadão Municipal, os agentes de saúde iniciaram a distribuição de panfletagem na região central de Campo Grande e o trabalho deve continuar nos bairros.

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