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Capital

Câmara pode definir amanhã reforma no Mercadão e cobra origem de recursos

Aliny Mary Dias | 06/08/2014 12:23
Execução da obra atrasou em razão de divergências no projeto enviado ao Ministério do Turismo (Foto: Marcelo Victor)
Execução da obra atrasou em razão de divergências no projeto enviado ao Ministério do Turismo (Foto: Marcelo Victor)

A audiência pública sobre a reforma do Mercadão e da Praça Oshiro Takemori, realizada nesta quarta-feira (6), na Câmara de Vereadores, contou com debates sobre o motivo da demora na execução da obra e definiu para amanhã a votação do projeto que prevê a possibilidade de fechamento da Rua 7 de Setembro, que será transformada em um calçadão.

Participaram da audiência representantes da Prefeitura, do Mercadão e da praça onde indígenas vendem produtos há anos. De acordo com as informações repassadas por técnicos da prefeitura, a emenda para liberação de recursos foi solicitada ao Ministério do Turismo ainda na gestão do prefeito Nelson Trad Filho (PMDB).

O pedido foi aprovado, no entanto o que causa todo o impasse e a demora na liberação dos recursos é que a descrição do projeto, que foi enviada ao ministério na época do pedido dos valores, estava incompleta e não continha, por exemplo, a construção de um mezanino que ligará o Mercadão à Praça Oshiro Takemori, fazendo com que a Rua 7 de Setembro se transforme em um calçadão.

“A Caixa não aprovou a liberação do dinheiro porque o pedido não estava de acordo com a justificativa do projeto. Não dá para fazer um puxadinho no Mercadão, principalmente durante o processo de tombamento”, diz a arquiteta Neila Vieira, servidora da prefeitura na gestão de Alcides Bernal.

Conforme represetante do setor técnico da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), a aprovação de projeto para reforma no espaço não pode ser feita pela pasta porque nenhum tipo de edificação pode ser realizada sobre via pública.

Em razão disso, a Câmara Municipal decidiu votar amanhã o projeto 7.701/2014 que prevê a “desafetação” da Rua 7 de Setembro, o que significa que a via deixará de ser passagem de veículos para se tornar parte do complexo entre o Mercadão e a praça.

Durante a audiência pública, os vereadores Eduardo Romero (PT do B) e Luiza Ribeiro (PPS), que presidiram o debate, decidiram em pedir aos órgãos responsáveis da prefeitura detalhes sobre as emendas e recursos liberados para a obra. Tudo para saber se há dinheiro em caixa e quais pedidos já foram aprovados.

Serão feitas ainda, segundo os parlamentares, reuniões com os permissionários do Mercadão e da Feira Indígena para novas discussões sobre o assunto.

Problemas – O presidente da Associmec (Associação Mercadista de Campo Grande), Ronald Kanashiro, afirma que a estrutura física do Mercadão e do entorno está ultrapassada e que os possíveis erros no projeto enviado ao Ministério do Turismo prejudicam quem trabalha no local.

“Se houve erro, não foi nosso e precisamos que a revitalização seja feita porque o Mercadão e a Feira Indígena são pontos turísticos da cidade”, completa.

A principal reclamação dos índios é a reforma da praça, que não possui banheiros em condições de uso e segurança adequada. “Nosso espaço sempre foi esquecido, não é fácil o que passamos por lá, estamos em um lugar aberto e não tem segurança. Quem sente as dificuldades somos nós que estamos lá e por isso precisamos dessa reforma”, explica Vânia de Albuquerque, presidente da Feira Indígena.

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