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Capital

Cantor Diego defende mulher e diz que família não precisa de dinheiro do crime

Jaqueline é suspeita de lavar valores movimentados pelo PCC e foi alvo de operação em Campo Grande

Por Clara Farias | 22/08/2025 17:21
Cantor Diego defende mulher e diz que família não precisa de dinheiro do crime
Jaqueline Amaral ao lado do cantor sertanejo Diego Barros (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

O cantor sertanejo Diego Barros Silva, da dupla Henrique e Diego, saiu em defesa da esposa, alvo de operação da Polícia Federal ontem. Ao Campo Grande News, disse confiar no esclarecimento dos fatos e que a família não precisa cometer crimes para sobreviver. Segundo o artista, as investigações estariam ligadas a um período anterior da vida da esposa, o que teria mudado completamente depois de encontrar Diego. 

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Cantor sertanejo Diego Barros, da dupla Henrique e Diego, teve residência alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal em Campo Grande. A operação visava sua companheira, Jaqueline Maria Afonso Amaral, apontada como ex-esposa de um líder do PCC. Diego afirmou desconhecer os fatos investigados, que segundo ele, remontam ao casamento anterior de Jaqueline. O cantor declarou que sua carreira lhe proporciona estabilidade financeira, desmentindo qualquer necessidade de envolvimento com atividades ilícitas. Jaqueline é suspeita de receber mais de 2,7 milhões de reais da facção criminosa entre 2018 e 2022. A operação, denominada "Fruto Envenenado", cumpriu mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão de veículos, munições e celulares. As investigações apontam que Jaqueline utilizava contas de familiares e amigos para ocultar a origem do dinheiro. A polícia suspeita que os valores eram usados para sustentar um alto padrão de vida.

“Tenho conhecimento de que os fatos investigados dizem respeito ao tempo do casamento anterior da Jaqueline. Nossa família não necessita, financeiramente, da prática de qualquer ato ilícito e, muito menos, de auxílio de organizações criminosas, até porque a minha carreira artística é consolidada e me dá a oportunidade de ter uma vida confortável”, disse o cantor.

O sertanejo declarou confiar plenamente que a Justiça vai descobrir a inocência da esposa. “Creio que, após o término da investigação, ficará esclarecida essa lamentável situação envolvendo a Jaqueline”, finalizou.

Jaqueline é ex-esposa de um dos líderes nacionais do PCC (Primeiro Comando da Capital), Júlio César Guedes de Moraes, o “Julinho Carambola”. Ela deixou o criminoso após 20 anos de relacionamento para ficar com Diego, o que foi parar em manchetes de sites de fofoca na época, em 2021.

O cantor, na época no auge pelo hit Suíte 14, terminou o casamento de quatro anos com Annaí Bernardes para ficar com Jaqueline, que era sua vizinha, no Alphaville 1. Hoje os dois têm uma filha de 3 anos.

Cantor Diego defende mulher e diz que família não precisa de dinheiro do crime
Jaqueline foi casada com Julinho por 20 anos e teria recebido dinheiro do PCC (Foto: Reprodução | Instagram)

Caso - Jaqueline foi alvo de busca e apreensão durante a Operação Fruto Envenenado, deflagrada pelo Ficco (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado) em Campo Grande, na manhã desta quinta-feira (21). A suspeita é que ela tenha movimentado quase R$ 3 milhões, lavando dinheiro para o tráfico e usando a família como "laranja".

Mas Jaqueline garante que mantém atividade empresarial lícita, também no ramo cultural, na mediação de shows artísticos.

Durante a ação de ontem, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e também o bloqueio de mais de R$ 2,7 milhões que seriam provenientes da facção, em transações feitas entre 2018 e 2022 para “sustentar uma vida de luxo”. Segundo as investigações, foram usadas contas bancárias em nomes de familiares e amigos próximos para ocultar a origem dos valores.

As ordens judiciais foram cumpridas em uma residência na Vila Nhanhá, onde foi apreendido um veículo Jeep Compass em nome da mãe da investigada, que é empresária. Os policiais também estiveram no condomínio Shalom, na saída para Três Lagoas, onde foi apreendida uma BMW X1.

Nas buscas, foram apreendidos celulares, munições e veículos. O nome da operação tem relação com a origem do dinheiro recebido pela investigada e o apelido do líder da facção, “Carambola”.

A ação também contou com equipes da Polícia Federal, da Polícia Militar, da Polícia Penal e da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais).

A defesa de Jaqueline informou que a cliente "entregou seu telefone celular, fornecendo senha de acesso, considerando que nada há de ilícito no seu conteúdo, em atitude plenamente colaborativa. A defesa técnica, assim que tiver acesso ao processo, poderá esclarecer com mais propriedade as circunstâncias que levaram ao equívoco."

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