Capital lança 7 pontos de descarte para evitar criadouros do mosquito da dengue
Locais de começam a operar nesta segunda-feira (1º) e permanecem até 31 de janeiro

As sete regiões urbanas de Campo Grande passam a contar, a partir desta segunda-feira (1º), com pontos provisórios de descarte de materiais que possam acumular água e servir de criadouros do Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. A iniciativa marca o início da segunda fase do programa “Meu Bairro Limpo”, promovido pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) em parceria com outras pastas e começa justamente no período de intensificação das chuvas.
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Campo Grande inicia segunda fase do programa "Meu Bairro Limpo" com instalação de sete pontos provisórios de descarte de materiais que podem servir como criadouros do Aedes aegypti. A ação, promovida pela Secretaria Municipal de Saúde, começa em momento estratégico de intensificação das chuvas. Os pontos de coleta, distribuídos nas sete regiões urbanas da capital, receberão itens como baldes, potes, pneus e outros objetos que acumulam água. A iniciativa ocorre em cenário favorável, com o menor número de notificações de dengue dos últimos cinco anos, e inclui ações educativas em escolas para conscientização da população.
O lançamento foi realizado hoje (1) na Escola Municipal Professor Ernesto Garcia de Araújo, no Nova Campo Grande e reuniu agentes de saúde, servidores de diferentes secretarias, lideranças comunitárias e moradores da região. A ação abre uma série de atividades que se estenderão até 31 de janeiro, com previsão de percorrer toda a Capital.
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Durante o lançamento, pelo menos 20 agentes participaram da atividade, além de voluntários vestidos como um casal de mosquitos Aedes aegypti para chamar a atenção das crianças.
Serão instalados sete pontos provisórios de coleta, um por região urbana, todos com estrutura fornecida pela Solurb. A proposta é permitir que os moradores depositem itens de pequeno e médio porte que possam acumular água, como baldes, potes, pneus, vasos, garrafas, bacias, brinquedos quebrados, sacolas e filmes plásticos não aproveitáveis.
Entretanto, os pontos não aceitarão alguns materiais, como móveis (sofás, camas, colchões e armários) e eletrodomésticos (geladeiras, freezers, fogões, máquinas de lavar), podas de árvores, entulhos de construção civil (concreto, tijolos, telhas), materiais perigosos (pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes, óleos lubrificantes, tintas) e pneus de grande porte de uso industrial ou agrícola.
A cada semana, a estrutura será deslocada para outro bairro dentro da mesma região, seguindo calendário definido pela Sesau. Após o período, os materiais recolhidos serão encaminhados aos ecopontos para triagem e destinação final.
A Sisep (Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos) ficará responsável pela retirada periódica dos resíduos, de acordo com o cronograma, para garantir que os locais não se transformem em novos pontos irregulares de descarte. Veja abaixo o cronograma dos pontos de descarte.
Durante a abertura da nova etapa do programa, o gerente de controle vetorial da Sesau, Rubens Bittencourt, explicou que o mutirão inicia pela Região Urbana do Imbirussu devido ao histórico de registros de chikungunya em 2024 e ao alto índice de focos intradomiciliares.
“É importante entender que grande parte dos criadouros está dentro das residências. Não é só calçada ou terreno baldio. É o pratinho da planta, o potinho do animal, a caixa-d’água destampada, o balde esquecido no quintal. O morador tem um papel fundamental no combate ao mosquito”, destacou o gerente de controle vetorial da Sesau.
Rubens reforçou ainda que a intenção da prefeitura é percorrer todas as áreas mapeadas, inclusive setores ainda sem agente fixo. “O que a gente prevê é visitar toda a cidade. Onde houver necessidade, vamos reforçar a rota de inspeção".
A superintendente de Vigilância em Saúde, Veruska Lahdo, explicou que esta é a segunda edição do programa em 2024 e ocorre em um cenário mais favorável, já que Campo Grande registra hoje o menor número de notificações de dengue dos últimos cinco anos. Mesmo assim, o período chuvoso exige alerta máximo.
“A maior parte dos casos é registrada justamente nos meses de calor e chuva. Por isso, estamos antecipando mutirões, ampliando visitas domiciliares e reforçando as orientações. O agente vai até duas vezes por ciclo, mas a vistoria diária é responsabilidade do morador”, afirmou. Ela destacou ainda que nos fins de semana haverá ações especiais.
Conscientização — Paralelamente às inspeções, equipes da Sesau também realizam ações educativas com crianças e moradores. Durante o lançamento, havia estandes na escola onde agentes explicaram o ciclo de vida do mosquito, mostraram larvas e orientaram sobre a eliminação de criadouros.

O chefe do Serviço de Educação em Saúde da Sesau, Vagner Ricardo dos Santos, afirmou que a escola foi escolhida estrategicamente. “Trazer essa discussão para o ambiente escolar é fundamental. A criança leva informação para casa, mobiliza a família e ajuda a criar uma cultura de prevenção. O start da ação depende desse apoio setorial.”
Representando a prefeita Adriane Lopes (PP), o secretário especial de Articulação Regional, Darci Caldo, ressaltou que a participação das lideranças comunitárias influencia diretamente no sucesso da campanha. "A prefeita [Adriane Lopes] pede para envolver os moradores. Temos que fazer chegar no Zé Pereira, no Jardim Aeroporto e em outros bairros."
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