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Capital

Capital vai solicitar R$ 20 milhões em financiamento próprio para segurança

Anahi Gurgel | 02/06/2018 10:12
Secretário de Segurança Pública, Valério Azambuja, em seu gabinete, detalhando os projetos apresentados para empréstimo junto ao BNDES. (Foto: Fernando Antunes)
Secretário de Segurança Pública, Valério Azambuja, em seu gabinete, detalhando os projetos apresentados para empréstimo junto ao BNDES. (Foto: Fernando Antunes)

Campo Grande vai solicitar R$ 20 milhões em empréstimo junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), por meio do Pró-Segurança Pública, programa que vai financiar R$ 5 bilhões para que estados e municípios brasileiros reforcem forças policiais. Para a Capital serão apresentados quatro projetos estruturantes.

Segundo o secretário municipal de Segurança Pública, Valério Azambuja, os projetos são voltados ao videomonitoramento, ronda escolar, reestruturação da Guarda Municipal e no atendimento às mulheres vítima de violência.

“São condições especiais de empréstimos, que nos permitirão adquirir viaturas e muitos equipamentos. Com os 4 projetos apresentados, poderemos avançar uns 15 anos, considerando um atraso tecnológico e de logística de 10 anos”, disse.

A regulamentação do programa prevê financiamento de R$ 4 bilhões para aquisição de equipamentos e um R$ 1 bilhão para financiamento de projetos estruturantes, estando disponíveis ainda este ano.

O secretário explica que a taxa de juro é de 1,05% ao ano, com prazo para pagamento em até 84 meses, incluindo o prazo de carência de até 24 meses.

Guardas municipais durante ronda na área central de Campo Grande. (Foto: Divulgação/ GM)
Guardas municipais durante ronda na área central de Campo Grande. (Foto: Divulgação/ GM)

“Serão 250 mil ao mês, a ser pago em 84 parcelas - menos de um terço da divida do município. Perfeitamente pagável, sem contar que a partir do depósito pelo banco, já iniciaremos a implantação dos projetos, sem as burocracia de licitações.

Campo Grande apresentou quatro operações, com teto limite de R$ 20 milhões para cada uma

Projetos estruturantes - O primeiro é a ampliação do videomonitoramento com aquisição de mais 200 câmeras. Foi solicitado total de R$ 8 milhões para a compra e instalação dos equipamentos nas vias públicas da cidade.

O segundo projeto é o chamado “Escola Segura”, que faz parte do plano de governo apresentado na campanha de Marquinhos Trad (PSB).

Para a iniciativa foram solicitados R$ 4,8 milhões para aquisição de kits com câmeras próprias para as 94 escolas municipais da cidade, 21 viaturas quatro rodas (veículos Sedan) e mais 14 motocicletas. A ideia é reforçar a segurança com uma “vigia” eletrônica nas áreas internas e externas das unidades, com dados encaminhados em tempo real ao Centro de Monitoramento da Guarda Municipal.

“A proposta é que as viaturas reforcem as sete bases operacionais e fiquem de prontidão para atender as ocorrências das escolas. É ter a tecnologia e a resposta rápida aos chamados, pois o atual videomonitoramento está presente nas ruas, nas praças, unidades de saúde, parques, mas não atinge as escolas e centros de educação infantil”, detalha.

Guarda Municipal durante monitoramento eletrônico, por meio das 22 câmeras instaladas na cidade. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Guarda Municipal durante monitoramento eletrônico, por meio das 22 câmeras instaladas na cidade. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

O terceiro projeto é o fortalecimento da “Patrulha Maria da Penha”, que já atende a Casa da Mulher Brasileira. Trata-se de uma gerência composta por 27 guardas, a maioria feminina, duas viaturas, que atende 24 horas, principalmente, medidas protetivas deferidas por um juiz.

“Hoje esse serviço é feito no limite. Estamos solicitando recurso para aquisição de tecnologia”, ressalta.

Para a patrulha Maria da Penha foi solicitado empréstimo de R$ 1,6 milhão para aquisição de 30 smartphones mais um software com georreferenciamento para recebimento de denúncias, diretamente das vítimas de agressão, além de viaturas.

Uma tecnologia de comunicação implantada nas 7 bases, cada uma com dois aparelhos, conectados com a Casa da Mulher Brasileira e com as patrulhas Maria da Penha.

O último projeto é a reestruturação das ações da Guarda Municipal. O total é de R$ 3 milhões que serão direcionados para aquisição de equipamentos.

Serão comprados mais 280 coletes, 300 pistolas semi automáticas, mais 100 kits de EPI (Equipamentos de Proteção Individual) e 100 pistolas de condutividade elétrica – armamento não letal recomendado pela Organização das Nações Unidas.

A segurança municipal conta hoje com 280 coletes balísticos, que atendem a 25% do efetivo total, que é de 1.100 guardas municipais.

Segundo o secretário, o BNDES deve lançar o edital dentro de algumas semanas e todo o material estará adquirido até dezembro deste ano.

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