ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 29º

Capital

Captação de órgão na Santa Casa garante vida nova para quatro pessoas

O coração, os rins e a córnea de um rapaz de 26 anos foram doados para pacientes em Brasília, São Paulo e Campo Grande

Geisy Garnes | 27/11/2018 09:35
Transplante aconteceu na manhã desta segunda-feira (Foto: Henrique Kawaminami)
Transplante aconteceu na manhã desta segunda-feira (Foto: Henrique Kawaminami)

Transplante de órgão mobilizou equipes médicas e Corpo de Bombeiros nesta semana na Santa Casa de Campo Grande. O coração, os rins e a córnea de um rapaz de 26 anos foram doados para pacientes que aguardavam na fila de transplante em Brasília, São Paulo e também na Capital.

O doador de 26 anos morreu em decorrência de uma TCE (Traumatismo Cranioencefálico) grave. Com a autorização da família, uma verdadeira operação foi montada para transformar a dor da perda em esperança para outras quatro pessoas.

Os órgãos foram retirados em uma cirurgia delicada ontem (26), que envolveu vários profissionais, nesta manhã. Uma equipe de Brasília veio a Campo Grande para buscar o coração, que agora vai proporcionar novos anos de vida para outra pessoa.

São apenas quatro horas entre a captação do órgão e o transplante. Justamente por isso, o paciente já aguarda na sala de cirurgia do hospital em Brasília, enquanto aqui na Capital, dois militares da moto operacional do Corpo de Bombeiros fazem o acompanhamento das equipes médicas até o aeroporto de Campo Grande.

“Fazemos o acompanhamento, nesses casos tentamos obstruir as vias de maior fluxo de veículo para as equipes ganharem tempo. Isso porque o carro é descaracterizado, não tem giroflex”, explicou Michel Melim, sargento do Corpo de Bombeiros.

Um dos rins será enviado para São Paulo, enquanto que o outro vai ser transplantado na parte da tarde na Santa Casa, em um homem de 54 anos. As córneas também vão ficar em Campo Grande, no banco do hospital.

Com a doação desta manhã, a Santa Casa registra 16 transplantes em 2018. Só de coração, esse é o sétimo caso no ano. Segundo Rodrigo Silva, chefe da Organização de Procura de Órgãos, em 2016 cerca de 74% das família negavam o transplante, hoje esse número reduziu em 10% e a expectativa é de que diminua ainda mais.

“Muitas famílias ficam receosas, mesmo com a vontade do doador, as famílias não querem, mas acredito que isso vai mudar”, afirmou Rodrigo que aposta em conversas e apoio para convencer dos benefícios do transplante.

Rodrigo Silva, chefe da Organização de Procura de Órgãos (Foto: Henrique Kawaminami)
Rodrigo Silva, chefe da Organização de Procura de Órgãos (Foto: Henrique Kawaminami)
Órgãos foram levados para Brasília e São Paulo (Foto: Henrique Kawaminami)
Órgãos foram levados para Brasília e São Paulo (Foto: Henrique Kawaminami)
Nos siga no Google Notícias