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Capital

Caracterizados, pajés chegam à Capital confiantes na cura de menina indígena

Paula Maciulevicius e Ana Paula Carvalho | 21/07/2011 16:20

Ritual é feito por três pajés e uma criança de 3 anos

Pajés e criança chegam caracterizados ao Hospital Regional para ritual de cura. (Foto: João Garrigó)
Pajés e criança chegam caracterizados ao Hospital Regional para ritual de cura. (Foto: João Garrigó)

Os três pajés da aldeia Porto Lindo, em Japorã, já começaram os rituais de cura para a menina Thiely Mendes, de 8 anos. A criança sofre com um tumor no joelho e está internada no setor de oncologia do Hospital Regional de Campo Grande.

No quarto onde está a garota, os três curandeiros - João Antônio Fernandes, de 84 anos, Vergília Romeiro de 52 e Aldair Romeiro de 22 anos estão em volta da cama de Thiely com chocalhos artesanais cumprindo o rito. Uma criança de 3 anos também participa do ritual.

Confiantes, eles afirmam que vieram para curar a menina e que vão fazer isso durante três dias. O pajé João Antônio disse ao Campo Grande News que acredita que a menina vai ser curada pela crença.

De portas fechadas para a imprensa, ritual segue com chocalhos e deve ser acompanhado por médico do caso. (Foto: João Garrigó)
De portas fechadas para a imprensa, ritual segue com chocalhos e deve ser acompanhado por médico do caso. (Foto: João Garrigó)

O fato chamou a atenção dos demais pacientes e funcionários do hospital, que não vêem com frequência um caso que ganhou tanta repercussão.

Neste momento o médico que atende a indígena, Marcelo de Souza, está chegando ao hospital para acompanhar o ritual.

Impasse - Familiares de Thiely decidiram interromper o tratamento e levar a menina de volta para Japorã, município distante 487 quilômetros da Capital, para ser curada por um benzedor.

Diagnosticada com um tumor no joelho, a doença foi percebida há dois meses, depois de uma visita dos agentes de saúde à aldeia.

A Casai (Casa de Apoio à Saúde Indígena) e a equipe médica do hospital permitiram que os curandeiros praticassem os métodos de cura durante o tratamento da menina em Campo Grande, para que ela ficasse no hospital.

A menina corre o risco de amputação de parte da perna, porque o tumor tomou conta da região do joelho.

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