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Capital

Casa de pai de santo suspeito de abusar de criança é incendiada

Francisco Júnior e Paula Vitorino | 04/07/2011 12:26

Ninguém estava na casa no momento do incêndio

Restaram apenas roupas, brinquedos e páginas de revistas pornográficas. (Foto: João Garrigó)
Restaram apenas roupas, brinquedos e páginas de revistas pornográficas. (Foto: João Garrigó)

A casa onde morava o pai de santo suspeito de abusar de pelo menos 6 crianças no Jardim Montevidéu, em Campo Grande, foi incendiado na madrugada do último sábado (2).

Vizinhos da casa, onde o homem morava com a mulher e três filhos, disseram não terem percebido quando o fogo começou. Os bombeiros foram acionados e apagaram as chamas que destruíram toda a residência. Restaram apenas roupas, brinquedos e páginas de revistas pornográficas.

A casa estava vazia no momento do incêndio. O pai de santo nunca mais foi visto no local depois que o caso ganhou repercussão.

Uma mulher, que não quis se identificar, disse que viu o homem na manhã de hoje dentro de um carro branco na região do Jardim Montevidéu. Segundo ela, o suspeito estava próximo da casa dos pais dele.

Um casal, que também teria envolvimento no caso, se mudou do bairro. O homem e a mulher, pais de uma criança que teria sido abusada, moravam no mesmo terreno onde ficava a casa do pai de santo.

Moradores disseram a reportagem que jamais imaginariam que as crianças eram abusadas no local. “É um perigo uma pessoa dessa ser nossa vizinha. Eu tenho uma filha de 6 anos”, disse uma moradora.

Segundo ela, o homem se passava por pai de santo para cometer os abusos. “Nunca vi carro aqui na frente. Nunca tinha ninguém aqui. A gente acha que ele era um sem vergonha”, acrescentou.

A polícia descobriu o caso depois uma menina de 6 anos foi estuprada pelo próprio tio, na última sexta-feira (24). A denuncia foi feita por um vizinho. A criança foi encaminhada para um abrigo e lá, relatou como eram os rituais que participava com outras crianças.

O ritual acontecia na casa do pai de santo. Ele dilacerava galinhas vivas na frente das vítimas. Em seguida, ele ficava nu e as mandava pegarem no seu órgão genital, alegando que iriam ganhar força. O sangue dos animais era espalhado pelo corpo das crianças.

As irmãs da menina de 6 anos, com idade entre 5 e 8 anos, e o três filhos do pai de santo, de 5,7 e 8 anos, também eram obrigados a participar do ato bizarro. As vítimas faziam fila para entrar no local onde aconteciam os rituais.

O pai de santo foi preso no dia 29, mas foi liberado logo depois de prestar depoimento na DEPCA (Delegacia de Proteção a Criança e o Adolescente).

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