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Capital

MPE vai apurar caso de mulher que mora em ponto de ônibus na Capital

Viviane Oliveira | 07/12/2011 20:17

Foram feitos vários exames na mulher, um deles psicológico. O resultado está sendo aguardado para que seja encaminhado um relatório para o MPE

Segundo a assessoria da prefeitura, a mulher recusa qualquer ajuda da equipe de Assistência Social. (Foto: João Garrigó)
Segundo a assessoria da prefeitura, a mulher recusa qualquer ajuda da equipe de Assistência Social. (Foto: João Garrigó)

O caso de Fátima Aparecida Rosa, 41 anos, que vive há três semanas em um ponto de ônibus, na avenida Manoel da Costa Lima, ao lado do posto de saúde no bairro Guanandi, será encaminhado para o (MPE) Ministério Público Estadual.

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, foram feitos vários exames na mulher, um deles psicológico. O resultado está sendo aguardado para que seja encaminhado um relatório para o Ministério Público.

Ainda conforme a prefeitura, a SAS (Secretaria de Assistência Social), Fátima foi abordada varias vezes pela equipe. Ela recusa ajuda, não quer fornecer informações sobre sua família e não quer voltar morar em sua cidade.

Caso - Fátima diz ser chefe de cozinha. Segundo ela, nasceu no Rio de Janeiro e veio para Campo Grande em fevereiro do ano passado para trabalhar em um buffet. Fátima conta que morava na casa dos patrões em um condomínio afastado da cidade e que não se recorda do nome do bairro.

Ela tem problema de circulação e por conta disso está com as duas pernas inchadas. Desde quando chegou à cidade já foi internada quatro vezes por conta da doença, contou.

Nos último mês, quando saiu do hospital, descobriu que a empresa em que trabalhava havia fechado. Ela relata que os patrões disseram que estavam passando por momentos difíceis e que um pastor conhecido da família iria buscar Fátima para trabalhar na casa dele.

Sem ter para onde ir, passou a morar no ponto de ônibus. “Liguei uma vez para o pastor, ele disse que viria me buscar. Na segunda vez que eu liguei o celular já estava desligado e agora não consigo falar mais, afirma.

Já houve tentativas de encaminha-lá para o Cetremi (Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante), mas ela afirma que não quer morar em um abrigo público "para ser humilhada".

A mulher conta que já passou dois dias sem comer e que vive de doações de quem passa pelo local. “Tomo banho na casa de uma senhora que passou por aqui e conheceu a minha história”.

Fátima disse que nesse tempo que está morando na rua já foi maltratada várias vezes por parte de autoridades, descaso de assistentes sociais e de hospitais por onde já passou para fazer tratamento.

Com toda dificuldade que está vivendo ela afirma que não quer ir para Belo Horizonte (MG), onde a família mora. “Quero conseguir um emprego e viver aqui”, finaliza.

No ponto de ônibus, Fátima aproveita a cobertura para escapar do sol e da chuva. Ela dorme nos dois bancos e usa as duas malas como travesseiro.

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