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Capital

Chapa impugnada vai acionar Justiça para tentar anular a eleição no Sisem

Luciana Brazil | 03/06/2013 10:47

Membros da chapa “Restituição com Compromisso, Moralidade e Luta”, rejeitada na semana passada no processo eleitoral dos servidores municipais de Campo Grande, vão recorrer, ainda hoje, à Justiça para pedir a anulação das eleições realizadas nesta segunda-feira, na sede do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande) e em vários pontos da cidade.

Em meio a denúncias, representantes da "Chapa 2" pretendem invalidar a votação, afirmam que houve fraude no processo eleitoral, além de outras irregularidades cometidas pela chapa que busca a reeleição. “Vamos fazer de tudo para que essa eleição seja anulada. O prazo para defesa da chapa impugnada é dia 5. Como a eleição pode acontecer no dia 3?” questiona, o membro da Chapa 2, Pedro Félix.

Segundo ele, a rejeição da chapa aconteceu depois que o atual presidente do Sisem e candidato a reeleição, Marcos Tabosa, modificou o estatuto para, propositalmente, excluir a concorrência.

O tempo mínimo de filiação ao sindicato para quem pretende se candidatar é de um ano, conforme a CLT (Consolidação das Leis de Trabalho). Porém, o Sisem teria aprovado a mudança, passando de um para três anos no mínimo. “Dessa forma, ele conseguiu tirar a nossa chapa. Ele frauda as atas para conseguir as coisas. Na assembleia, vão 20, 30 pessoas. Mas depois ele (Tabosa) passa no lugares pedindo para que as pessoas assinem, sem que nem saibam o que é”.

O atul presidente do Sisem, segundo Félix, também é alvo de acusações de desvio de dinheiro, além de um inquérito policial sobre o desvio de R$ 10 mil.

A eleição para a presidência, segundo Félix, chegou a ser anulada no ano passado, já que o judiciário estava investigando a administração do Sisem. As denuncias surgiram depois de desentendimentos entre o presidente Tabosa e o tesoureiro Oscar Mendes.

À época, membros da chapa 2 se uniram a Mendes para formalizar a denúncia. Mas Félix explica que o Tabosa e Mendes acabaram se unindo novamente. “Eu não sei qual foi o acordo entre eles, mas eles fizeram as pazes”. Diante da união, houve um acordo com o judiciário que acabou resultando na eleição desta segunda-feira.

Porém, Pedro Félix diz que o advogado de Mendes usou uma procuração dada pela chapa 2, que inicialmente denunciava Tabosa, para fazer o acordo judicial. “O judiciário acredita que nós aceitamos o acordo, mas não é verdade. Eles (Sisem) agem sempre de forma fraudulenta”.

Félix explica que Tabosa fabricava boletos para desviar dinheiro do sindicato. “Lá rola muito dinheiro, por isso ele não quer sair da presidência”.

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